21 set, 2020 - 20:37 • Lusa
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Nas sedes de agrupamento e escolas não agregadas de Lisboa estão colocadas mais de 1.300 assistentes operacionais, faltando apenas colocar 29 para que sejam cumpridos os rácios legalmente previstos, disse esta segunda-feira o vereador da Educação da Câmara lisboeta.
Numa audição na comissão de Cultura, Educação, Juventude e Desporto da Assembleia Municipal de Lisboa, o vereador Manuel Grilo adiantou que, dos 29 assistentes operacionais em falta, “alguns chegarão às escolas nos próximos dias”.
Reconhecendo que provavelmente “faziam falta mais do dobro daqueles que existem”, o vereador responsável pelo pelouro da Educação da Câmara de Lisboa explicou que, numa primeira fase, a autarquia está a trabalhar na “reposição dos rácios em cada uma das escolas” dos 1.º, 2.º e 3.º ciclos e secundárias.
Ou seja, precisou, “aquilo a que a Câmara está obrigada e aquilo que a Câmara recebe do Governo de facto relativamente às assistentes operacionais diz respeito àqueles que estão nos rácios, àqueles que legalmente as escolas têm de ter”.
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Segundo Manuel Grilo, existem na cidade de Lisboa “situações muito diversas”, com escolas que têm assistentes operacionais acima dos rácios e “muitas outras” que têm um número inferior aos rácios.
“Sem retirar nenhum assistente operacional àquelas que estão acima dos rácios, cremos que todas as escolas que não têm o número de assistentes operacionais o terão muito rapidamente, e muito rapidamente é nos próximos dias”, salientou o autarca.
Atualmente estão colocados no mapa de pessoal 1.331 assistentes operacionais, transferidos do Ministério da Educação para a Câmara de Lisboa.
Entretanto, até quinta-feira (data limite para a abertura do ano letivo 2020/2021), foram colocados outros 64, hoje foram colocados mais três (na escola das Laranjeiras) e “faltam colocar mais 29, que chegarão às escolas nos próximos dias e garantem os mínimos de funcionamento”, acrescentou Manuel Grilo (BE, partido que tem um acordo de governação da cidade com o PS), insistindo que, num cenário de pandemia, como o atual, “a velocidade de colocação tem de superar qualquer outra”.
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O vereador responsável pelo pelouro da Educação recordou, contudo, que “está para sair uma nova portaria de rácio e que há que esperar o que vai sair”, já que “seguramente trará maiores números” e será possível recorrer a mais assistentes operacionais.
Na comissão da Assembleia Municipal, o vereador com o pelouro da Educação adiantou ainda que um dos objetivos das visitas que as equipas da Câmara de Lisboa e da área da saúde vão fazer a todas as escolas públicas da cidade para "traçar novas estratégias de proteção" devido à pandemia de covid-19 será “verificar o cumprimento das bolhas”, sem mistura de alunos de diferentes turmas.
“Vamos, por exemplo, fazer o levantamento de todos os CAF [Componente de Apoio à Família], garantir que nos CAF se mantém a ‘bolha’. Estamos neste momento a fazer um levantamento escola a escola, jardim de infância a jardim de infância. Em alguns casos não será possível manter a ‘bolha [da turma], mas que seja pelo menos mantida a ‘bolha’ do ano”, disse, salientando que a autarquia quer “ter a certeza do que garantidamente está a acontecer” em cada escola.
Nas vistorias estarão presentes os delegados de saúde locais, proteção civil e serviços de educação.