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Ex-ministro da Saúde diz que é preciso "agir depressa" com testes rápidos à Covid-19

23 set, 2020 - 20:33 • Lusa

“Era importante que não se demorasse muito tempo a tomar uma decisão sobre a difusão e a disseminação da utilização dos testes rápidos”, defende Adalberto Campos Fernandes.

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O ex-ministro da Saúde Adalberto Campos Fernandes defendeu esta quarta-feira que é preciso ser “ágil e agir depressa” sobre a utilização dos testes rápidos para “controlar melhor” o circuito de transmissão de Covid-19.

“Era importante que não se demorasse muito tempo a tomar uma decisão sobre a difusão e a disseminação da utilização dos testes rápidos”, disse à agência Lusa o especialista em Saúde Pública.

Para Adalberto Campos Fernandes, esta decisão “ajudará a todos a controlar melhor o circuito de transmissão da infeção”.

“Eu creio que, neste momento, é preciso nesse domínio ser ágil e agir depressa”, defendeu Adalberto Campos Fernandes, que foi ministro da Saúde entre 2015 e 2018.

A ministra da Saúde, Marta Temido, afirmou hoje que a utilização de testes rápidos de detenção de Covid-19 será definida no final da semana por um conjunto de peritos, ressalvando que a fiabilidade dos resultados é uma preocupação.

“Temos um painel de peritos a trabalhar desde o início da semana no assunto e até ao final da semana teremos uma definição das circunstâncias em que estes testes poderão ser utilizados, estando sobretudo em causa o contexto da sua utilização”, afirmou Marta Temido, na conferência de imprensa regular sobre o desenvolvimento da pandemia em Portugal.

A ministra reforçou que os testes rápidos de antigénio ainda não estão recomendados em Portugal para diagnóstico de casos de infeção pelo vírus SarCov-2 e que a grande preocupação é a sua segurança e a fiabilidade dos resultados, recordando que as opções técnicas destes testes são muito recentes.

“Estes testes não eliminam a hipótese de ocorrência de falsos negativos, são testes que podem ter baixa sensibilidade em indivíduos assintomáticos ou com uma carga viral baixa”, afirmou Marta Temido, sublinhando que a maioria dos países europeus ainda não os utiliza como testes de diagnóstico.

“O que nos interessa é ter testes que nos garantam a fiabilidade dos resultados”, insistiu a ministra.

A estratégia de testagem para o novo coronavírus passa por garantir “resultados rápidos e segurança e por isso é importante estratificar os vários testes laboratoriais de acordo com a sua finalidade”.

O Plano Saúde Outono Inverno 2020/2021 já prevê a inclusão de dois tipos de teste: testes rápidos em menos de 60 minutos e testes com resultados disponíveis em 24 horas.

Portugal contabiliza hoje mais três mortos relacionados com a Covid-19 e 802 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde.

As três mortes foram registadas na região de Lisboa e Vale do Tejo, onde também se verifica o maior número de infeções e o maior aumento diário.

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