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Primeiro ecrã transparente dá prémio europeu a cientista portuguesa

23 set, 2020 - 08:58 • Redação com Lusa

O projeto de Elvira Fortunato permitiu desenvolver o primeiro ecrã produzido com materiais sustentáveis, já comercializado por diversas empresas.

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“As ideias e os sonhos são infinitos”. Cientista Elvira Fortunato n’As Três da Manhã
“As ideias e os sonhos são infinitos”. Cientista Elvira Fortunato n’As Três da Manhã

O anúncio acaba de ser feito em Bruxelas. A engenheira de materiais e investigadora Elvira Fortunato, “mãe” do transístor de papel, é a vencedora do prémio europeu "Horizon Impact Award 2020".

O projeto “Invisible”, da cientista e vice-reitora da Universidade Nova de Lisboa, permitiu desenvolver o primeiro ecrã transparente produzido com materiais sustentáveis, já comercializado por diversas empresas.

O ecrã é feito a partir de um material semicondutor de baixo custo, não degradável e que produz melhores resultados, o óxido de zinco, que entra na composição de pomadas para bebés ou protetores solares. Segundo a nota enviada à redação, “trata-se de uma nova área tecnológica ao serviço de diferentes indústrias, como a impressão a jato de tinta ou os diagnósticos médicos inteligentes”.

A tecnologia, patenteada pela diretora do Centro de Investigação de Materiais (CENIMAT) e pela Samsung, é aplicável a telemóveis, televisores, computadores ou tablets, permitindo obter imagens de maior resolução.

Segundo Elvira Fortunato, pioneira na eletrónica transparente, o projeto representou uma “revolução na área dos materiais semicondutores”, com recurso a “tecnologias amigas do ambiente”, que não desperdiçam tanta energia.

O anúncio foi feito, esta manhã, durante o “European Research and Innovation Days”.

O prémio, no valor de 10 mil euros, distingue projetos científicos financiados por fundos europeus e cujos "resultados tiveram impacto na sociedade", disse à Lusa a investigadora, que dirige o Cenimat - Centro de Investigação de Materiais, da Universidade Nova de Lisboa, da qual é vice-reitora.

Elvira Fortunato foi a única portuguesa premiada, entre outros cientistas distinguidos de uma lista de 10 finalistas.

O "Invisible" foi desenvolvido durante cinco anos, entre 2009 e 2014.



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