25 set, 2020 - 11:01 • Pedro Filipe Silva , Marta Grosso
As brigadas de intervenção rápida nos lares já deveriam estar em ação, afirma o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos, para quem os lares devem ser obrigados a ter médicos e enfermeiros.
“Sem médicos nos lares dificilmente poderemos ultrapassar este problema” da pandemia de Covid-19”, diz à Renascença.
“Naturalmente que estas brigadas – que, aliás, já deveriam estar no terreno – servem para tapar situações de emergência, mas vamos ter aí a gripe, vamos ter uma situação muito complexa, quer nos hospitais quer nos centros de saúde”, alerta Roque da Cunha.
Nesse sentido, apela ao Governo que “obrigue as instituições a terem um médico e um enfermeiro nos seus locais de trabalho”.
O sindicalista reage assim à entrevista de do presidente da Cruz Vermelha, Francisco George, à Renascença, durante a qual afirma que as brigadas de intervenção rápida para os lares não vão ter médicos em permanência.
O Sindicato Independente dos Médicos mostra-se disponível para colaborar com as instituições no combate à Covid-19 e considera que é preciso criar condições para haver profissionais em permanência.
“É evidente que, numa fase inicial poderão ser prestadores de serviços, mas, neste momento, a urgência é que se contratem médicos. Com condições, naturalmente”, diz Roque da Cunha.
O secretário-geral do SIM lembra que “temos cerca de 900 mil utentes sem médico de família” e que neste momento “é preciso recuperar as consultas que não foram dadas por indicação do Governo”. Daí, defende, a importância de essas brigadas estarem no terreno.