30 set, 2020 - 15:29 • Lusa
A circulação na Linha Azul do Metro de Lisboa estará reposta “o mais tardar na sexta-feira de manhã”, depois da derrocada que ocorreu na terça-feira no túnel da Praça de Espanha, disse esta quarta-feira o presidente da empresa.
“O mais tardar sexta-feira da parte da manhã reabriremos ao tráfego”, afirmou o presidente do Metropolitano de Lisboa, Vítor Domingues dos Santos, em declarações aos jornalistas na Câmara Municipal de Lisboa, no final de uma reunião com o presidente da autarquia e o presidente da Carris.
Uma derrocada no túnel do metro, ocorrida ao início da tarde de terça-feira, obrigou à interrupção da circulação na Linha Azul, entre as estações das Laranjeiras e do Marquês do Pombal.
Na altura do acidente, que provocou quatro feridos ligeiros e, segundo o presidente da Câmara de Lisboa, decorreu de um “erro grosseiro” numa obra da autarquia, estavam cerca de 300 pessoas na composição que passava no local.
A circulação está interrompida entre as estações d(...)
Assegurando, tal como já tinha feito o presidente da Câmara de Lisboa, que os passageiros “não têm nenhum motivo” para não se sentirem seguros, já que o desabamento decorreu de uma obra que está a ser feita à superfície, o responsável do Metropolitano adiantou que durante a noite já foi recuperada a eletrificação e a sinalização do túnel, bem como as linhas de comunicação de emergência.
Os túneis, acrescentou, “estão todos vistoriados”.
Neste momento, disse, a empresa apenas está a aguardar uma resposta dos especialistas à proposta de trabalho de reparação do “buraco” que ficou aberto no túnel, que foi conjugada entre o metro, o empreiteiro e o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC).
“Espero que durante a tarde se inicie a betonagem. Há um buraco, há que tapar o buraco, que se vai tapar com ferro e com betão”, explicou, adiantando que durante a tarde de hoje espera ter uma data mais precisa sobre o retomar da operação do metro na Linha Azul.
O presidente da Câmara de Lisboa disse hoje que o desabamento que ocorreu terça-feira no túnel do metro na Praça de Espanha decorreu de um “erro grosseiro” numa obra da autarquia, assegurando que os túneis do metropolitano “estão seguros”.
“Este problema que aconteceu decorre de uma obra da Câmara Municipal de Lisboa totalmente alheia ao metro, isto não é um problema que pré-existisse no túnel do metro, que houvesse uma fragilidade, que houvesse ali alguma dificuldade, não. Isto decorreu de um problema que é uma obra da Câmara, onde ocorreu um erro grosseiro, em que ocorreu uma perfuração na vertical do túnel do metro que não devia ter acontecido”, afirmou Fernando Medina (PS).