Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Hospitais de Lisboa com taxa de ocupação Covid acima dos 70% mas "ainda há folga”

02 out, 2020 - 15:36 • Cristina Nascimento

Governo lembra que Serviço Nacional de Saúde trabalha em rede. Número de ventiladores disponíveis quase que duplicou desde o início da pandemia.

A+ / A-

Veja também:


A taxa de ocupação hospitalar na região de Lisboa e Vale do Tejo dedicada à Covid-19 ronda os 70-80%. A informação foi prestada pelo secretário de Estado da Saúde, Diogo Lopes, na habitual conferência de imprensa para acompanhar a evolução da pandemia em Portugal.

Apesar de reconhecer o esforço e pressão nalgumas unidades hospitalares em particular, o governante considerou que “ainda há folga relativamente à Covid-19”, caso haja algum aumento.

Diogo Lopes recordou que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) trabalha em rede, goza de uma capacidade” expansível” e por isso não antevê “um problema de internamento”.

As autoridades de saúde foram ainda questionadas sobre o uso de hospitais de retaguarda (ou hospitais de campanha). Diogo Lopes revelou que “não foram muito utilizados na primeira fase da pandemia”, mas está prevista a sua utilização no plano outono/inverno.

Também a diretora-geral da Saúde referiu que este tipo de equipamentos só será usado em último recurso e “em casos de extrema necessidade”.

Se forem ativados, acrescentou Graça Freitas, será mais nas grandes áreas metropolitanas ou em alguma situação pontual (como aconteceu em Ovar).

Número de ventiladores duplicou

O secretário de Estado da Saúde fez ainda um ponto de situação sobre o número de ventiladores atualmente disponíveis no SNS.

No início da pandemia, havia 1.142 ventiladores, revelou Diogo Lopes. Depois foram comprados e/ou doados mais 966 unidades. Destes 966 equipamentos, 713 já estão nas unidades de saúde, o que significa que, atualmente, estão disponíveis no SNS e prontos a usar 1.855 ventiladores.

Das 966 máquinas adquiridas, há ainda 253 que “estão a ser testados e em vias de ser distribuídos pelos hospitais”.

Diogo Lopes diz assim que não está prevista uma compra centralizada de novos equipamentos.

Portugal registou nas últimas 24 horas mais seis mortes e 888 casos de Covid-19, indica o boletim epidemiológico divulgado esta sexta-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS). No que se refere a novas infeções, é o segundo pior dia desde 10 de abril.

Desde a chegada da pandemia, o país soma um total de 1.983 óbitos e 77.284 casos confirmados do novo coronavírus.

Portugal conta neste momento com 334 surtos ativos do novo coronavírus. A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, explicou esta sexta-feira, em conferência de imprensa, que a maioria dos surtos se regista em Lisboa e Vale do Tejo, com 142.

Ainda segundo Graça Freitas, seguem-se o Norte, com 125 surtos, o Centro, com 35, o Algarve com 22 e o Alentejo, com 20.

EVOLUÇÃO DA COVID-19 EM PORTUGAL

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+