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Coronavírus

“Temos de ter cuidado com os idosos, mas não os podemos sequestrar”, diz Graça Freitas

02 out, 2020 - 15:54 • Redação

A diretora-geral da Saúde elogia as famílias portuguesas, por terem interiorizado bem que os idosos são um grupo a proteger e diz que a maioria dos casos em lares não são causados por visitas de familiares.

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Os portugueses têm de continuar a proteger os idosos do novo coronavírus, mas isso não implica mantê-los fechados em casa, diz Graça Freitas.

Durante a conferência de imprensa diária da DGS, a diretora-geral da Saúde lançou um apelo a quem tem idosos de quem ajuda a cuidar.

“Nós temos de ter muito cuidado com os idosos, mas não os podemos sequestrar. Eu queria pedir muito às famílias que deixem estas pessoas vir passear, não é preciso que estas pessoas se mantenham completamente confinadas às suas residências. Têm é de utilizar máscara, se for caso disso, diminuir os contactos sociais, a proximidade aos outros, mas isso não quer dizer que fiquem trancados em casa”, afirma.

Nas últimas semanas a taxa de idosos infetados tem sofrido variações muito curtas, com subidas marginais, mas isso é expectável, diz Graça Freitas, mas sublinha que não existe grande diferença entre as taxas de infeção de idosos dentro e fora de lares.

“Gostava de elogiar o que se está a passar em Portugal. Estamos com um padrão que apesar de tudo é confortável em relação ao número de idosos que têm estado a ser afetados. Quer dizer que quer a nível das instituições, quer a nível familiar, e isto é muito importante, creio que as famílias interiorizaram bem que os idosos são um grupo a proteger”, diz.

Em relação aos lares, porém, a maioria das infeções não está a ser causada por visitas de familiares. “Temos de ser muito cautelosos, mas habitualmente as visitas não estão associadas à transmissão, porque são muito controladas, muito esporádicas, têm regras muito fixas.”

“É mais fácil que a transmissão se faça através dos profissionais, pelo motivo óbvio, porque são eles que vêm todos os dias de fora para dentro e têm estes movimentos pendulares”, sublinha Graça Freitas.

A diretora-geral da Saúde explica ainda que neste momento Portugal está também numa “posição confortável” em relação à transmissão comunitária, isto é, as infeções cuja cadeia de transmissão não pode ser identificada, uma vez que na vasta maioria dos casos isso não se sucede e as cadeias podem ser identificadas e interrompidas.

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