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Aumento dos casos de Covid-19 “não está a implicar maior utilização dos hospitais"

07 out, 2020 - 14:09 • Ricardo Vieira

Secretário de Estado da Saúde assinala que o número de internamentos aumentou, mas ainda assim é inferior ao pico registado em abril. Diogo Serras Lopes admite problemas pontuais no atendimento nos centros de saúde e diz que estão a ser tomadas medidas.

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O aumento dos casos de Covid-19 nas últimas semanas em Portugal “não está a implicar maior utilização dos serviços hospitalares", disse esta quarta-feira o secretário de Estado da Saúde, Diogo Serras Lopes.

Na conferência de imprensa de balanço da pandemia, o governante adiantou que Portugal registou durante o mês de setembro um total de 18.153 casos de Covid-19. "Este número compara com o mês de abril 16.736 casos, que era até agora o mês com maior número de casos", salientou.

O aumento do número de casos "não surpreende" as autoridades de saúde, afirma o secretário de Estado, tendo em conta o "retomar progressivo da atividade", nomeadamente o fim das férias de verão e o regresso às aulas.

"O crescimento do número de casos não está a implicar, até esta data, uma utilização igual e, muito menos, maior dos serviços hospitalares, tanto em enfermaria como em unidade de cuidados intensivos, do que aquele a que assistimos nos meses de abril e maio", argumenta Diogo Serras Lopes.


O atual número de casos internados, de 764 pessoas, é bastante inferior ao "máximo atingido em 15 de abril, de 1.302 casos internados".

Portugal tem nesta altura 104 pessoas internadas em cuidados intensivos. A 6 de abril foi atingido um máximo de 271 internados em cuidados intensivos.

"A explicação para menos internamentos demorará a ser estudada, mas estamos convictos que maior conhecimento da doença e melhorias na organização do Serviço Nacional de Saúde contribui de forma decisiva para uma melhor resposta do nosso SNS", afirma o secretário de Estado da Saúde.

A taxa de ocupação de camas covid mantém-se entre 70% e 80 %, não considerando capacidade adicional que pode ser aumentada caso seja necessário, adianta.

"Problemas pontuais" nos centros de saúde

Em relação às queixas no atendimento nos centros de saúde, Diogo Serras Lopes admite que há "obviamente problemas pontuais", mas considera que "não é razoável dizer que há problemas em todos os centros de saúde".

"O presidente da ARS de Lisboa e Vale do Tejo comentou hoje esses problemas e falou de algumas medidas que estão a ser tomadas para os resolver. Continuamos a trabalhar para melhorar as várias questões. Esta é uma realidade diferente com a qual estamos todos a aprender. Não me parece que seja uma questão generalizada", frisou o secretário de Estado da Saúde.

Na sua intervenção na conferência de imprensa desta quarta-feira, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, revelou que há agora 23 surtos em estabelecimentos de ensino em Portugal continental.

Destes 23 surtos, sete são no Norte, três no Centro, 12 em Lisboa e Vale do Tejo e um no Algarve.

Portugal regista mais oito mortes e 944 casos de Covid-19 nas últimas 24 horas, indica o boletim epidemiológico divulgado esta quarta-feira da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Desde a chegada da pandemia, no final do mês de fevereiro, foram diagnosticadas 81.256 infeções pelo novo coronavírus.

O número total de vítimas mortais aumenta para 2.040 até esta quarta-feira, avança a DGS.

MAPA DA COVID-19

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  • Maria Oliveira
    07 out, 2020 14:23
    Diversamente do que refere este "governante" os problemas nos centros de saúde não são pontuais. A falta de atendimento e de consultas está, com poucas excepções, generalizada. Já ninguém diz a verdade. E o mais assustador é que a maior parte da sociedade já não se importa com a falta de verdade. E isto é muito mau.

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