09 out, 2020 - 18:48 • Lusa
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A linha telefónica SNS24 atende atualmente 97% das chamadas e tem um tempo médio de espera de 57 segundos, num universo de cerca de 18 mil chamadas diárias, avançou esta sexta-feira a ministra da Saúde.
Na conferência de imprensa de atualização de informação sobre a covid-19 em Portugal, Marta Temido deu conta de algumas das áreas de resposta que têm sido reforçadas para ajudar no combate à pandemia, sendo a Linha SNS24 um desses serviços.
“Passamos de 67% de chamadas atendidas no dia 02 de março e quase 26 minutos de espera para quase 98% de chamadas atendidas ontem [08 de outubro] e tempos médios de espera que estão nos 57 segundos, num nível de pressão que está perto das 18 mil chamadas”, frisou.
Marta Temido referiu também que foram instaladas linhas de atendimento específicas para surdos por videochamada e uma linha de aconselhamento psicológico, bem como a aplicação Trace COVID, um “instrumento fundamental” para o combate à propagação de vírus.
“Sabemos muito bem que temos muita coisa para continuar a melhorar. O atendimento telefónico e as zonas de espera nos cuidados de saúde primário têm sido áreas muitas vezes referidas e em que esperamos obter progressos, concretamente no atendimento telefónico durante os próximos dois meses”, avançou.
A ministra sustentou que se trata “de intervenções complexas e de problemas antigos” no Serviço Nacional de Saúde, que “se agravaram no contexto da pandemia e de uma pressão crescente pelos contactos telefónicos”.
Segundo Marta Temido, este problema para ser totalmente ultrapassado envolve “não só meios humanos, mas remodelação de centrais telefónicas”.
A ministra garantiu que este trabalho está a ser realizado.
Portugal registou hoje mais 12 mortos relacionados com a covid-19 e 1.394 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Desde o início da pandemia, em março, este é o segundo maior número de casos de infeção. O maior foi em 10 de abril, com 1.516.
Portugal já registou 2.062 mortes e 83.928 casos de infeção, estando hoje ativos 29.700 casos, mais 735 do que na quinta-feira.