11 out, 2020 - 09:48 • Marina Pimentel , Daniela Espírito Santo
Já são 12 os doentes infetados com Covid-19 no serviço de Pneumologia do Amadora-Sintra, que foi encerrado temporariamente devido a um surto de covid-19.
O serviço deixou de receber novos doentes, depois de detetados casos de infeção, entre os utentes internados.
Os números sao avançados à Renascença por Guida da Ponte, do Sindicato dos Médicos da Zona Sul, que realça que o serviço, que "era 'covid-free'", começou por detetar cinco pacientes infetados mas que a estes, "à data de ontem", já se teriam juntado "mais sete pacientes com covid".
Em declarações à Renascença, a representante do Sindicato dos Médicos da Zona Sul realça que o "aumento substancial de casos" de infeções pelo novo coronavírus era "expectável", mas "coloca graves problemas na assistência aos pacientes e aos cuidados prestados", quer a doentes covid, quer a doentes não covid.
Há já vários hospitais que esgotaram a capacidade de internamentos. O Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, é um desses casos: esgotou a sua capacidade para receber infetados com Covid-19. Dois utentes foram já deslocados, para o Hospital das Forças Armadas. Também o hospital Garcia da Orta está sem espaço nos cuidados intensivos e já transferiu doentes para outras unidade de Lisboa e MedioTejo.
No Porto, o aumento de casos suspeitos obrigou o Hospital São João a reativar seis tendas de triagem.
Pressão nos internamentos e o aumento de novos casos leva mesmo Ricardo Mexia, presidente da Associação de Médicos de Saúde Pública, a admitir à Renascença, este domingo, um cenário de novo confinamento. O especialista admite que, em breve, chegaremos aos dois mil casos por dia. "A tendência será nesse sentido", assegura à Renascença.
[notícia atualizada às 13h56 de domingo, 11 de outubro de 2020]