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Universidade de Évora avança com pós-graduação em Epidemiologia

12 out, 2020 - 12:48 • Rosário Silva

Em tempo de pandemia, o curso representa também “mais um passo na construção de uma futura escola na área da saúde da Universidade de Évora”, afirma a reitora, Ana Costa Freitas.

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Com os olhos postos no futuro, e para reforçar “o seu posicionamento na área da saúde”, a Universidade de Évora (UÉ) anuncia a abertura de um curso de pós-graduação em Epidemiologia.

“A atual pandemia de Covid-19 veio revelar a necessidade de todos os profissionais de saúde, autárquicos e do setor social terem competências acrescidas na gestão quotidiana do surto epidémico que atinge o país, ou noutros que possam vir a ocorrer no futuro”, lê-se no comunicado da instituição, enviado à Renascença.

As candidaturasestão abertas e podem ser feitas online até dia 23 de outubro. Segundo a UÉ, o curso pretende “dar contributos e instrumentos” que possibilitem aos destinatários “desenvolver competências analíticas e operacionais” para fazer face a situações de surtos epidémicos, “como o que se vive atualmente no âmbito do SARS-COV-2.”

A instituição explica que a pós-graduação vai desenvolver-se “a partir de dois cursos de formação, cada um com 30 ECTS”, sendo que o certificado será apenas atribuído “a quem completar os 60 ECTS do curso.”

Com início em novembro, em regime diurno e aulas às quintas e sextas-feiras, a pós-graduação é sustentada, em termos científicos, pela Escola Superior de Enfermagem S. João de Deus da UÉ.

Epidemiologia e Saúde pública; Contingência e Gestão do Risco, e Abordagem Epidemiológica Baseada no percurso de Vida incorporam o conteúdo programático deste novo curso.

A instituição assegura que os profissionais que escolherem esta formação, vão poder “exercer as competências adquiridas no curso em quaisquer organizações de saúde, do setor social ou autárquico que sejam chamadas a lidar com as questões relacionadas com surtos epidémicos, nomeadamente a contingência e respetivas fases, declaração de risco, programas/medidas de isolamento, vigilância epidemiológica ou comunicação de risco.”

Para a reitora, Ana Costa Freitas, a oferta desta formação “é mais um passo na construção de uma futura escola na área da saúde da Universidade de Évora”, um projeto pedagógico e científico que considera ser “bastante inovador e onde o foco será a saúde pública”.

Recorde-se que em junho, a Universidade de Évora aprovou a criação de uma escola precisamente na área da saúde, com um possível curso de Medicina no horizonte, estando a aguardar homologação da tutela.

A concretizar-se, “esta escola permitirá responder aos anseios da região Alentejo, iniciando-se um percurso sólido e consistente na única região do país onde não há oferta curricular em cursos nas áreas de Medicina ou de saúde pública”, acentua a reitora, reforçando a intenção da Universidade de Évora em acolher, no futuro, um curso de Medicina.

A informação disponibilizada pela UÉ dá conta que a comissão científica da escola na área da saúde é constituída por Constantino Sakellarides, professor catedrático jubilado da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa (UNL), Jaime Branco, professor catedrático da Faculdade de Ciências Médicas da mesma universidade, e João Guerreiro, professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade do Algarve.

Jorge Mota, professor catedrático da Faculdade de Desporto da Universidade de Porto; Jorge Simões, professor catedrático convidado do Instituto de Higiene e Medicina Tropical da UNL; e Madalena Patrício, professora honorária da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, também integram a mesma comissão.

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