15 out, 2020 - 11:27 • Carla Caixinha
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“Não gosto de proibições, mas nós não podemos estar impávidos a assistir a um aumento crescente dos números - só ontem tivemos mais de dois mil novos casos - e não reagir. Não há quatro formas de reagir, há duas: ou parar as atividades e, isso tem um enorme custo social e económico, ou alterar os comportamentos.” O primeiro-ministro disse nesta quinta-feira, em Bruxelas, ser necessário “estancar” o aumento do número de casos Covid-19 em Portugal.
Em Bruxelas, à margem da entrega do esboço do Plano de Recuperação e Resiliência à Comissão Europeia, António Costa justificou as medidas mais duras que anunciou quarta-feira.
Questionado pelos jornalistas deixou o apelo: “Temos de estancar isto agora”.
Em relação à acusação de que o Governo está a aplicar medidas autoritárias, o primeiro-ministro apelou ao bom-senso e garantiu que muitas pessoas até já usam máscara na rua.
“Não gosto de proibições, odeio ser autoritário, mas não podemos estar impávidos a assistir a um aumento impávido dos números e não reagir. Se achasse que não eram autoritárias tinha-as dito há mais tempo”, explicou.
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Costa lembrou o preço de fechar o país e as as escolas, “um custo social e afetivo para os idosos, que tiveram de ficar isolados e um custo brutal para o emprego".
"Temos de dar resposta à Covid, mas não podemos deixar de fazer o esforço de recuperar toda a atividade assistencial às outras doenças. A única alternativa que temos é a responsabilidade social nos nossos comportamentos”, acrescentou.
“É inimaginável voltar a adotar no Natal medidas tão drásticas e autoritárias como as que adotamos na Páscoa”, quando os portugueses foram proibidos de sair do seu concelho de residência, acrescentou.
Os portugueses têm que se organizar para ter reunião mais pequenas. “Não vamos fazer um decreto a dizer como se organiza o Natal. Têm que ter consciência que não podemos chegar a essa época com os níveis de contaminação que temos neste momento.”
Sobre o uso obrigatório da aplicação StayAwaw Covid, o primeiro-ministro disse ser impensável que viole a proteção de dados, mas considera útil o debate que vai haver no Parlamento.
“Não há violação de proteção de dados”, garantiu António Costa em Bruxelas, acrescentando que esta aplicação é, sobretudo, “um sinal que é necessário dar para que as pessoas possam ter consciência de que a pandemia não passou".
"No início desta pandemia, o país foi exemplar. Mesmo antes de ser decretado estado de emergência, as pessoas já estavam, por iniciativa própria, a retrair os seus contactos e comportamentos. As férias foram obviamente um momento de descontração e as pessoas relaxaram”, constatou.
“É preciso que as pessoas voltem a ter o grau de empenho que tiveram no início”, afirmou.
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