16 out, 2020 - 17:23 • Lusa
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O secretário de Estado da Saúde admitiu esta sexta-feira o recurso “em caso de necessidade” no combate à pandemia de Covid-19 aos setores privado e social, mas sublinhou que “a prioridade” é o reforço do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, revelou na quinta-feira a existência de contactos para a colaboração do setor privado com o SNS com o objetivo de libertar camas de cuidados intensivos para doentes com Covid-19.
Questionado hoje sobre as declarações do chefe de Estado na conferência de imprensa sobre a Covid-19, o secretário de Estado da Saúde, Diogo Serra Lopes, afirmou que “o SNS tem uma relação já longa e profícua com o setor privado e o setor social que, aliás, implica contactos diários".
“Como tal, é óbvio que estamos sempre em contacto e caso seja necessário e caso seja essa considerada a melhor opção, recorreremos a soluções desse âmbito. De qualquer forma, a prioridade, que já tem alguns anos, é o reforço do SNS e da sua capacidade”, salientou o governante.
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Diogo Serra Lopes frisou que a pandemia Covid-19 “demonstrou cabalmente a importância de um SNS robusto que seja capaz de responder a todo o tipo de situações”, tendo para isso sido realizados “vários reforços orçamentais” para que “possa responder melhor”.
Questionado sobre se há hospitais com situações idênticas às que aconteceram nos hospitais Amadora-Sintra e no Beatriz Ângelo, em Loures, que tiveram de pedir ao INEM que não lhes encaminhasse os doentes urgentes de madrugada devido à sobrecarga dos serviços de urgência, o governante disse que são “casos pontuais” e que ”não são específicos nem novos da pandemia”.
“Já aconteceram noutras situações. E, portanto, há situações em que um determinado hospital não está a conseguir dar a resposta necessária e por isso mesmo é que o SNS é gerido em rede”, adiantou Diogo Serra Lopes.
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Quando uma resposta não é adequada num sítio por excesso de procura há sempre capacidade de outros locais em lidarem com essa procura e faz parte da gestão do dia a dia, sustentou.
Quanto à aplicação de rastreio 'StayAway Covid', o governante avançou apenas que já houve um 1.683.000 ‘downloads’ da aplicação e um total de 179 códigos inseridos até ao momento.
Portugal regista hoje 2.608 novos casos de infeção com o novo coronavirus, o valor diário mais elevado desde o início da pandemia de Covid-19, e 21 mortos, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Desde o início da pandemia, Portugal já registou 2.149 mortes e 95.902 casos de infeção, estando ativos 37.697 casos, mais 1.602 do que na quinta-feira.