19 out, 2020 - 15:46 • João Carlos Malta
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A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, rejeitou esta segunda-feira, na habitual conferência de imprensa de balanço dos números da pandemia da Covid-19 em Portugal, uma eventual ligação entre a abertura do ano escolar e o aumento do número de casos de infeção no país.
A mesma responsável argumentou que não se encontrou nenhuma relação 2entre essa abertura das escolas e o aumento do número de casos". Graça Freitas disse que, em primeiro lugar, porque "o número de casos nas escolas é relativamente limitado".
"Muitas vezes são casos isolados, pensa-se que a maior parte das vezes foram contraídos na comunidade e não ao contrário, não são os alunos que levam para a comunidade”, defendeu.
Em Portugal, segundo Graça Freitas,“continuamos a ter um padrão de transmissão que é eminentemente familiar e social", portanto "não temos evidência nenhuma que a abertura das escolas tenha contribuído para aumento deste número de casos”.
Já em relação ao aumento de visitas em lares numa altura de crescimento acentuado da propagação da pandemia, a diretora-geral da Saúde esclareceu: “Fomos muito claros. Condicionamos haver mais de um dia de visita às condições técnicas do próprio lar. O lar sabe se tem condições para aumentar o número de visitas".
Em cada visita, só é permitido um visitante. "E há todos os métodos que são preconizados para que se mantenha a distância física, para que se usem barreiras, protetores”, enumerou.
Graça Freitas disse que estão salvaguardadas duas situações importantes: “A primeira é que se houver um surto ou casos dentro da instituição, ficam temporariamente suspensas as visitas", enunciou.
A outra questão tem a ver com a comunidade em que o lar está inserido. "Se a atividade do vírus for muito intensa na comunidade, a autoridade de saúde também pode por medida de precaução suspender temporariamente as visitas. Numa comunidade em que o vírus circule pouco, pois manter-se-ão desde que as condições técnicas da própria instituição permitam mais do que uma visita por semana em segurança”, resumiu.
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Esta segunda-feira, registaram-se mais 1949 infeções pelo novo coronavírus em Portugal e mais 17 mortes com Covid-19. Com estes números, Portugal ultrapassa a barreira dos cem mil infetados, com 101.860 casos registados desde o início da pandemia no país.
Os dados revelam também mais 966 pessoas dadas como recuperadas, o que faz aumentar em 966 o número de casos ativos no país – agora num total de 39 69.
Os óbitos ocorreram nas regiões do Norte (12), Lisboa e Vale do Tejo (3) e centro (2). Foi também o Norte que registou o maior aumento de novos casos: 987 . A região LVT conta mais 749 e a região Centro mais 133.