23 out, 2020 - 19:53 • Redação
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"Há 63 escolas no país com surtos ativos de Covid-19", anunciou esta sexta-feira a ministra da Saúde, Marta Temido, na conferência de imprensa de balanço da pandemia. No anterior balanço havia 49 estabelecimentos de ensino com surtos da doença.
A ministra da Saúde foi questionada porque é que as escolas de Borba foram encerradas e não as de Paços de Ferreira, Felgueiras e Lousada.
Marta Temido responde que essa decisão varia consoante os contextos de cada concelho e das características da pandemia nesse local.
A decisão das autoridades de saúde pública é médica e é tomada em função de determinado contexto. Da mesma forma que é ilógico comparar decisões médicas, é ilógico comparar decisões de autoridades de saúde em contextos distintos
Do ensino público ao privado, do básico ao superio(...)
Em Paços de Ferreira, Felgueiras e Lousada, concelhos que estão em confinamento parcial, as escolas não foram encerradas porque “o que queremos é controlar uma disseminação da infeção em termos de outros contextos”, nomeadamente convívios sociais e familiares.
“As autoridades locais sublinharam isso. A disseminação está muito associada a outros contextos que não o trabalho e a escola”, frisou.
Marta Temido salientou que "faz parte da nossa estratégia, e penso que está a ser bem-sucedida, não encerrar as escolas a não ser em casos extremos. Algo que a Organização Mundial da Saúde tem feito apelo. E hoje o Conselho Nacional de Saúde Pública fez esse apelo, quando disse para protegermos as crianças dos impactos indiretos da doença e um deles é a privação de ambiente escolar”.
Marta Temido também anunciou que o Ministério da Saúde aceitou a disponibilidade da Cruz Vermelha Portuguesa para o fornecimento de testes rápidos de antigénio para a Covid-19.
Estão pré-reservados pela Cruz Vermelha 500 mil testes, a receber de forma faseada, ao abrigo de um financiamento europeu através da Federação Internacional da Cruz Vermelha.
Portugal registou o maior número de mortos diários de Covid-19, desde 24 de abril deste ano. De acordo com o boletim diário da Direção-Geral da Saúde, nas últimas 24 horas registaram-se mais 31 mortos e 2.899 infetados.
A 24 de abril deste ano, o país registou o número mais elevado de mortes durante esta pandemia, 37 em apenas 24 horas.