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​Covid-19: Governo avança com apoio de 85 euros/dia para corporações de bombeiros

03 nov, 2020 - 19:58 • Liliana Monteiro

Na discussão do Orçamento do Estado, ministro da Administração não se compromete com um subsídio de risco para as forças de segurança. Em matéria de violência doméstica, garante que, até final do ano, estará a funcionar o protótipo da base de dados única,

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O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, revelou que o seu ministério decidiu avançar com um “mecanismo de apoio a corporações de bombeiro, pagando 85 euros por dia a todas as corporações enquanto durar a dimensão da covid-19”.

O deputado do partido Chega, André Ventura, apontou o dedo a Eduardo Cabrita lamentado que os bombeiros, que fazem 85% dos transportes hospitalares em tempo covid, não tenham direito a subsídio de risco.

Na resposta, o ministro da Administração Interna afirmou: “merecem todo o apoio e estou certo que o terão”.

Eduardo Cabrita falava esta terça-feira no parlamento, no âmbito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2021.

Base de dados única para violência doméstica

Em matéria de violência doméstica, garantiu o governante que até final do ano estará a funcionar o protótipo da base de dados única, que vai permitir a “interligação de vários dados”, salientando que nesta altura existem mais de 70% de salas de apoio nas esquadras e estruturas de polícia.

Em curso está também um “plano de formação comum para todas as forças de segurança” sobre este assunto.

Em cima da mesa, e já em trabalhos com a Procuradoria Geral da República, está a revisão do Estatuto da Vítima.


Admissões nas forças de segurança

Em 2019, entraram 619 militares para a GNR, 597 agentes para a PSP, 181 para o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

Eduardo Cabrita esclareceu que está previsto abrir “concursos para o máximo de 948 agentes para a PSP, 1.000 militares para a GNR e a utilização da reserva de recrutamento para o SEF.

O governante fez as contas: “10 mil admissões até 2023, claro que estão atrasadas pela pandemia porque não é possível colocar 600 ou 800 jovens em formação inicial”.

“Queremos um sistema de compensação e o que não conseguirmos este ano que seja compensado em entradas no próximo ano”, garantiu.

“É evidente que há saídas. Admito que Lisboa e os Açores foram prioridades, foram as únicas localidades onde entraram novos polícias. Houve aqui o reconhecimento de prioridade operacional”, confessou o ministro.

Subsídio de risco para PSP e GNR?

O ministro da Administração Interna disse aos deputados, durante a discussão setorial do Orçamento do Estado, que estão em curso negociações, mas não se comprometeu com um suplemento de risco para as forças de segurança, que está congelado desde 2010.

“Estamos a discutir um conjunto de suplementos. Há uns que devem ser fundidos outros extintos, outros integrados no salário base e outros que devem ser reformulados”, declarou Eduardo Cabrita, segundo o qual as últimas negociações ocorreram em abril deste ano.

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