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Pandemia de Covid-19

Contágio por Covid-19? Refeições são “um momento de alto risco”, adverte DGS

09 nov, 2020 - 17:58 • Lusa

Diretora-geral da Saúde lembra que cerca de 70% das infeções pelo coronavírus ocorrem em convívios familiares ou sociais.

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A diretora-geral da Saúde advertiu esta segunda-feira que as refeições fora do núcleo familiar básico são “um momento de alto risco” para o contágio por Covid-19, lembrando que cerca de 70% dos casos ocorrem em convívios familiares ou sociais.

Neste momento, as estimativas apontam para que “cerca de 68% a 70% dos casos ocorrem através de convívio familiar ou de convívio social”, afirmou Graça Freitas na conferência de imprensa de atualização de informação relativa à infeção pelo novo coronavírus, que provoca a doença Covid-19.

Graça Freitas chamou a atenção para “um momento extremamente crítico” dos convívios familiares ou sociais, que são as refeições onde há partilha de bebidas e comida.

“É um momento de grande descontração, de grande proximidade e obviamente, não estamos a usar máscara e, portanto, é um momento crítico para o contágio”, salientou.

Por isso, deixou um apelo para que as pessoas façam as refeições apenas com o seu núcleo familiar básico, que vive junto na mesma casa: “seria o ideal”.

Questionada sobre a abertura dos supermercados e mercearias durante todo o dia durante o estado de emergência poder gerar alguns ajuntamentos, Graça Freitas afirmou que o que se tem observado ao longo dos meses de pandemia é que “continua a haver restrições na entrada nos supermercados”.

“Há filas muitas vezes e as pessoas habituam-se rapidamente a perceber em que horas é que devem ir, veem se há mais ou menos gente e de um modo geral nós temos tido uma frequência dos supermercados e das lojas e do comércio em geral bastante ordeira”, comentou.

Portanto, sustentou, tirando um período de adaptação que poderá haver nos próximos dias, haverá depois “uma aprendizagem muito rápida”.

“Faremos o que temos feito nestes últimos meses em que já não entramos num supermercado sem estar numa fila. Já nos habituamos a isso e já o fazemos com naturalidade”.

Sobre a realização de testes em massa em escolas, lares ou em prisões, a diretora-geral da Saúde afirmou que “não há uma regra única e básica de quando determinar o número de testes ou fazer-se testes em massa” nestes locais.

“Esse contexto de testagem mais massificada depende sempre da avaliação do risco do que se passa nessa instituição e também da avaliação do risco do que se passa na comunidade”, explicou.

Observou ainda que “há uma decisão muito importante” que deve ser tomada por autoridades de saúde em concertação com a escola ou o lar e com os outros parceiros da comunidade.

Ainda em relação aos testes, Graça Freitas apelou à população para que não os faça por iniciativa própria, devendo esperar por uma requisição médica, por um conselho médico, seja da autoridade, do seu médico assistente ou de um hospital.

“Os testes são pedidos por escrito e aconselhados sempre que são necessários não tenham a mínima dúvida. Portugal testa muito desde o início e, portanto, as pessoas não deviam tomar a iniciativa delas próprias pedirem testes”, salientou.

A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.255.803 mortos em mais de 50,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 2.959 pessoas dos 183.420 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

Comentários
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  • Ivo Pestana
    10 nov, 2020 Funchal 09:54
    Como observador, acho que qualquer convívio, os transportes públicos e os assintomáticos, são as grandes fontes de contágio.
  • Roger
    09 nov, 2020 Coimbra 18:38
    Só nas escolas com os miudos amontoados às dezenas nas cantinas é que não são, aí são perfeitamente seguras!!!
  • Maria Joao Oliveira
    09 nov, 2020 Lisboa 18:19
    Esta gente há muito que perdeu credibilidade. O 1.º ministro disse há pouco tempo (Agosto ou Setembro) que tínhamos de retomar o "saudável hábito" de ir jantar fora. Em que ficamos? E o "milagre português" onde está? O "milagre" eram pouquíssimos testes e, logo, o desconhecimento do número real de infectados. Agora, a quem pedir responsabilidades pela falta de previsão e preparação do que aí vinha?

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