09 nov, 2020 - 07:14 • Lusa
Os enfermeiros iniciam esta segunda-feira uma greve de cinco dias, um protesto convocado pelo Sindicato Democrático dos Enfermeiros Portugueses (Sindepor) contra o desgaste e desmotivação destes profissionais, e que o sindicato decidiu manter apesar dos números mais recentes da pandemia.
A greve, que decorre até sexta-feira, 13 de novembro, foi convocada a 23 de outubro e em declarações à agência Lusa nesse dia, o presidente do Sindepor, Carlos Ramalho, disse ter a certeza de que a população estará ao lado dos enfermeiros, que "têm feito muitos sacrifícios ao longo dos anos".
"Mantemos a intenção da greve, obviamente que vai haver constrangimentos, mas pretendemos que sejam os mais limitados possíveis, nomeadamente no combate à pandemia de Covid-19", disse, por seu lado, Jorge Correia, do Sindepor, no final de uma audiência com o Presidente da República na semana passada.
Jorge Correia sublinhou que a paralisação de cinco dias "é mais do que uma greve, é um grito de alerta", porque os enfermeiros "estão cansados, exaustos e desmotivados" e se há um consenso por parte da sociedade e dos partidos políticas sobre a importância dos profissionais de saúde "é essencial que isso se concretize em medidas".
A greve está convocada para todo o território nacional, com exceção da região autónoma da Madeira.
Segundo o presidente do Sindepor, o sindicato exige o descongelamento das progressões da carreira, a atribuição do subsídio de risco para todos os enfermeiros e, sendo "uma profissão de desgaste rápido", a aposentação aos 57 anos.