10 nov, 2020 - 09:58 • Celso Paiva Sol
O Ministério Público já concluiu a investigação à morte de Valentina e acusa o pai e a madrasta da criança, de 32 e 38 anos, pelos crimes de homicídio qualificado e profanação de cadáver.
O despacho de acusação foi enviado na segunda-feira pelo Ministério Público para o juiz de Instrução do Tribunal de Leiria.
O caso remonta a maio, quando Valentina, de nove anos, foi dada como desaparecida na manhã do dia 7 de maio, depois de uma denúncia do pai no posto da GNR de Peniche.
Depois de dois dias de buscas, o pai acabaria por confessar o crime e indicar à polícia o local onde tinha escondido o corpo. Foi então encontrado nas imediações da casa do progenitor, numa zona de eucaliptos, em Atouguia da Baleia, concelho de Peniche.
Os resultados preliminares da autópsia apontaram para que a criança tenha tido uma morte violenta. Embora haja indícios de asfixia, a criança de terá sofrido agressões em vários locais, o que lhe causou diversas lesões, incluindo na cabeça, segundo fonte policial.
Agora que foi proferida a acusação, o juiz de instrução irá reavaliar as medidas de coação aplicadas ao casal, sendo muito provável que mantenha a prisão preventiva em que já se encontram desde meados de maio.
Durante os dias em que se realizaram buscas para tentar encontrar a criança estiveram envolvidos 600 elementos da GNR, Bombeiros, Proteção Civil, entre outros, e foi abrangida uma área de cerca de quatro mil hectares.
A menina não estava sinalizada pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ), informou a entidade, que em 2019 arquivou um processo relativo à menor.