14 nov, 2020 - 19:06 • Lusa
Uma associação de imigrantes guineenses começou este sábado a distribuir milhares de máscaras e centenas de desinfetantes em estações de comboio e de metro da Grande Lisboa, iniciativa que decorre até 31 de dezembro.
"Hoje, tal como vai acontecer nos próximos sábados, distribuímos 2.200 máscaras e 150 tubinhos de desinfetante e alcool, nas estações de comboio de Odivelas e Massamá e na do metro do Campo Grande", afirmou à Lusa o vice-presidente da Associação de Naturais e Amigos da Região de Bafatá (ANARBA), José Baldé.
Nos próximos fins de semana, a iniciativa decorrerá noutras estações.
Na sequência do novo estado de emergência em Portugal, em vigor desde dia 09, para evitar uma propagação maior da pandemia de Covid-19 em Portugal, a associação decidiu "promover um programa de atividades de apoio e sensibilização das comunidades no quadro de combate à pandemia" e uma delas é esta, explicou José Baldé.
O programa prolonga-se até 31 de dezembro, e consiste não só na distribuição de máscaras e produtos de higiene, como álcool gel e álcool, mas também de lixívia e de cabazes básicos de produtos alimentares, nos diferentes concelhos do distrito de Lisboa, com maior incidência no de Odivelas, afirma a associação, num comunicado divulgado sobre a iniciativa.
Este programa, acrescenta, "é a continuidade de uma outra operação de apoio realizada de 30 de junho a 30 de setembro e apoiado pela Fundação Calouste Gulbenkian e pelo GATAI - Gabinete de Apoio Técnico das Associações de Imigrantes".
“Essa iniciativa, que começou a 01 de junho e que a partir de dia 30 do mesmo mês, contou com o apoio financeiro da Fundação Gulbenkian, consistiu na distribuição de cestas básicas de alimentos às famílias mais carenciadas, sobretudo de imigrantes, na zona da Grande Lisboa”, explicou o responsável da ANARBA.
“No total, entre 01 de junho e 30 de setembro, no âmbito dessa iniciativa, que recomeça este domingo e vai prolongar-se até 31 de dezembro, foram abrangidas 116 famílias e um total de 354 pessoas”, afirmou José Baldé.
Segundo o vice-presidente da ANABRA, “a maioria das famílias eram da Guiné-Bissau, mas também havia imigrantes da Guiné-Conacri, de São Tomé e Príncipe, Angola, Cabo Verde, Moçambique, Nigéria, Senegal, Índia, Paquistão e do Bangladesh, assim como portugueses”.