18 nov, 2020 - 14:55 • Liliana Monteiro
“Um projeto emblemático para um conjunto de edifícios há 20 anos nas mãos da Câmara Municipal de Lisboa (CML). Uma nova valência no Bairro Alto, um novo espaço uma nova atração que não é de diversão noturna, da restauração, mas uma valência diferente que traga pessoas a horas diferentes do dia."
Foi desta forma que o presidente da autarquia lisboeta apresentou, esta quarta-feora, a reconversão do quarteirão entre a Rua do Diário de Notícias e Rua do Norte, no Bairro Alto, numa extensão de 4.600 metros quadrados.
Serão 45 apartamentos com tipologias T0, T1 e T2 destinados a jovens e famílias da classe média com rendas acessíveis. “Um projeto que assegurará habituação que as pessoas podem pagar. As rendas nestes apartamentos serão no máximo um terço do rendimento líquido da família e não será mais do que isto”, garantiu o presidente, Fernando Medina.
Com o projeto surgem novas valências. “A requalificação do espaço público (Bairro Alto) é outro projeto emblemático. A escola básica Passos Manuel será ampliada, equipamento para ter espaço para as crianças (novos residentes); temos a pretensão de, no momento em que a GNR deixar as instalações do Comando no Convento, passarem para a CML; um novo centro de saúde na Ribeira Nova arranca em meados do próximo ano; nos próximos meses iniciamos a obra para levar elétrico 24 para o Cais do Sodré”, explicou o autarca.
“Conjunto de sete edifícios. Optámos pela diminuição do número total de edifícios e criação de um páteo interior. Tentámos maximizar o numero de tipologias (na sua maioria T0 e T1) para um maior número de apartamentos”, explicou a arquiteta da CML Sílvia Nereu.
Um dos edifícios envolvidos (património classificado) serviu até 1940 como sede e redação do jornal Diário de Notícias. O projeto prevê , por isso, a manutenção de fachadas históricas, mas também algumas demolições.
O espaço comercial destes edifícios vai ser cedido pela autarquia Lisboeta para projetos independentes e associativos na área do jornalismo e produção de conteúdos.
O que a autarquia não explicou é qual o valor de toda a obra e quando estará pronta a dar acolhimento às famílias que concorram à renda acessível.