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Marcelo pede "convergência" contra a pandemia. "Não é hora de baixar os braços"

20 nov, 2020 - 21:02 • Lusa

"Não faltarão eleições" para julgar os responsáveis por possíveis "erros", diz Presidente, mas agora "é o tempo de convergir no possível, mesmo discordando".

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O Presidente da República pediu esta sexta-feira que haja a "convergência possível" no combate à Covid-19 e que os portugueses não se "dividam irremediavelmente" neste momento, dizendo que mais tarde não faltarão eleições para julgar responsáveis.

Numa comunicação ao país a partir do Palácio de Belém, em Lisboa, em que anunciou a renovação do estado de emergência até 08 de dezembro, deixou um apelo aos portugueses: "Continuem, como até agora, a ser solidários, num momento, num processo tão longo de provação coletiva, assim confirmando a sua responsabilidade cívica e ética, e que se não dividam irreparavelmente entre os defensores vida e da saúde e os defensores da economia, da sociedade e da cultura, entre os defensores da dureza sanitária e os defensores da abertura económica".

"E que recusem a violência física na discussão democrática a favor e contra o que quer que seja. E que partidos e parceiros sociais continuem a fazer a convergência possível. Há mais do que tempo para se ajuizar de atos e autores, para demarcar campos e para apurar e julgar responsáveis. Não faltarão eleições para isso. Este tempo ainda é outro: o tempo de convergir no possível, mesmo discordando", acrescentou.

O chefe de Estado considerou que "é natural que haja portugueses - e são muitos, e nas fases piores das pandemias como esta, são muitos mais - que criticam o que entendem ser erros, omissões, avanços, recuos, ziguezagues".

"Em maio e junho sobre a Grande Lisboa, em agosto e setembro sobre a segunda vaga, em outubro, hoje, amanhã, depois, criticando tudo o que vier tarde ou mal explicado, por defeito de porta-voz ou por defeito de decisão", referiu.

Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu, em seguida, que, apesar de todas as críticas, não é altura de "baixar os braços" no combate a esta epidemia.

Comentários
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  • Digo eu
    21 nov, 2020 cá 12:19
    Qual eleições qual quê, num sistema fechado e corrupto como o português, onde se protegem uns aos outros e os eleitores só servem para dar legalidade ao conchavo/conluio da classe política. Nem conheço o meu deputado, nem pude escolher em quem votei. Aparece-me uma lista elaborada pelos partidos e onde não tive voto na matéria e agora "põe-nos lá outra vez por mais 4 anos". O marcelo-selfie tinha de vir dizer alguma coisa, mas vir defender algo que sabemos só convém aos políticos que muitos deles queremos é ver na cadeia...
  • Observador
    21 nov, 2020 Portugal 09:46
    Eleições? Isso serve para quê? As listas de deputados são elaboradas pelos partidos internamente, aqueles que deram bronca, descem uns lugares nas listas mas ao manterem-se em lugares elegíveis continuam a ser eleitos em lugar de onde deviam estar: na rua ou até presos. As eleições só servem para um simulacro de legalidade onde a populaça mantida à margem, pensa que decide alguma coisa. Se querem lutar contra este charco, não pensem em eleições mas em ação direta.

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