25 nov, 2020 - 17:15 • Filipe d'Avillez
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O Governo ainda não tem condições para antecipar as medidas de confinamento e restrições que poderão estar em vigor no final do mês de dezembro, mas a ministra Marta Temido não tem dúvidas de que este vai ser um Natal diferente.
Em conferência de imprensa, esta quarta-feira, a ministra da saúde disse que embora alguns países já estejam em condições para prever como será a realidade no próximo mês, Portugal ainda não está.
“Neste momento estamos a lutar para chegar da melhor maneira possível aos primeiros dias de dezembro. Vale a pena recordar que vamos ter uma nova fase de estado de emergência, temos de nos concentrar em quebrar cadeias de transmissão e conter a doença”, começou por dizer Marta Temido.
“Alguns países que iniciaram o crescimento desta segunda vaga mais cedo, e que adotaram medidas de contenção mais agressivas, mais cedo, estão já a poder antecipar melhor o que vai ser o final do mês de dezembro. Nós estamos a fazer essa análise”, disse.
Contudo, de uma coisa não tem dúvidas. “Uma coisa é clara, não vamos poder ter um Natal igual aos dos anos anteriores. Por muito que a situação epidemiológica melhor, e isso depende do esforço de todos os que todos os dias saem para trabalhar, que levam os filhos à escola e que vão ter com as suas famílias ao final do dia garantindo o melhor possível as medidas de distanciamento.”
Por isso, conclui a ministra, “só daqui a algum tempo conseguiremos perceber o nível de restrição que teremos nessa altura do ano.”
Portugal atravessa neste momento a segunda vaga da pandemia de Covid-19, com um aumento significativo do número de mortos em comparação com a primeira vaga. O país está agora numa segunda quinzena de estado de emergência que tem por objetivo travar o ritmo dos contágios e o Governo está à espera dos resultados desse esforço para poder definir medidas para o Natal.