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CDS quer audição do responsável pela 'task force' que define plano da vacina

27 nov, 2020 - 09:30 • Lusa

Partido diz que esta 'task force' "tem uma missão crítica e fundamental" e que esta é uma "operação que, para além de extremamente complexa, é uma verdadeira corrida contra o tempo".

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O CDS-PP requereu uma audição parlamentar, com caráter de urgência, do responsável pela 'task force' que vai delinear o plano de vacinação contra a Covid-19 em Portugal, o ex-secretário de Estado da Saúde, Francisco Ramos.

"Em Portugal ainda não se conhece qualquer plano de vacinação [contra a covid-19] e só agora foi criada uma 'task force' que deverá estruturar todo este processo", critica a bancada parlamentar democrata-cristã, através de um requerimento endereçado à presidente da Comissão Parlamentar de Saúde.

O CDS considera que esta 'task force' "tem uma missão crítica e fundamental" e que esta é uma "operação que, para além de extremamente complexa, é uma verdadeira corrida contra o tempo".

Contudo, as informações são "escassas, avulsas e contraditórias", advogou o partido liderado por Francisco Rodrigues dos Santos.

Por isso, o grupo parlamentar do CDS-PP pede "uma audição, com caráter de urgência, do Dr. Francisco Ramos" naquela comissão parlamentar, "para prestar todos os esclarecimentos sobre o plano de vacinação contra a covid-19".

O CDS "está apreensivo relativamente a esta matéria, mais ainda porque existe a possibilidade de que as farmacêuticas que estão a produzir as vacinas contra a covid-19 tenham reservas quanto ao envio de doses para países que não tenham os sistemas de 'delivery' bem montados".

Portugal "ainda não tem" ou, "pelo menos, não fez prova disso", acrescenta o partido.

As informações prestadas pelo Governo, liderado pelo socialista António Costa, são "contraditórias" e é "fundamental que o parlamento esteja devidamente informado", advoga ainda o CDS.

A 'task force' criada pelo Governo para coordenar todo o plano de vacinação contra a Covid-19, desde a estratégia de vacinação à operação logística de armazenamento, distribuição e administração das vacinas, tem um mês para definir todo o processo.

Na semana passada, o primeiro-ministro revelou que Portugal estava preparado para comprar cerca de 16 milhões de doses de três vacinas contra a covid-19 e adiantou que Bruxelas prepara um combate às campanhas de desinformação em relação à vacinação.

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