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​COVinBOX. Uma invenção nascida na Covilhã para enfrentar a pandemia

28 nov, 2020 - 18:12 • Liliana Carona

Para complementar a utilização dos equipamentos de proteção individual (EPI), o hospital, a universidade e uma empresa da Covilhã uniram esforços para criar o COVinBOX. Uma barreira protetora de aerossóis que impede a contaminação de profissionais de saúde quando tratam doentes com Covid-19 e outras doenças infeciosas do foro respiratório.

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Uma parceria empresarial, hospitalar e universitária permitiu criar um dispositivo que consiste numa barreira protetora de aerossóis, impedindo a contaminação de profissionais de saúde quando tratam doentes com Covid-19 e outras doenças infecciosas do foro respiratório.

O COVinBOX-BPA (Barreira Protetora de Aerossóis) foi desenvolvido pelos médicos anestesiologistas Reinaldo Almeida e Rita Borges, do Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira (CHUCB), e pelo Professor André Silva, coordenador científico da unidade de I&D Aeronautics and Astronautics Research Center (AEROG), sediada na Universidade da Beira Interior. Será produzido e comercializado pela Joalpe International.

O primeiro dispositivo-barreira “foi criado com plástico em forma de tenda, montada sobre o separador entre a área de anestesia e área cirúrgica e depois a tenda de plástico foi montada sobre a estrutura de um andarilho, e a partir daqui nasceu a estrutura da COVinBOX”, pode ler-se em comunicado de imprensa.


Em processo de registo de patente e com marca registada, “a COVinBOX-BPA começou por ser uma estrutura rudimentar pensada para defender médicos, enfermeiros e assistentes operacionais do bloco operatório do CHUCB face ao aparecimento dos primeiros casos de contaminação pelo vírus SARS-Cov2 em Portugal”, avança o mesmo comunicado.

O equipamento encontra-se em fase de certificação pelo Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, aguardando igualmente a obtenção da certificação CE.

“A evolução do equipamento até o que temos hoje foi sucessivamente submetido a experiências realizadas em contexto laboratorial e clínico que validam a sua eficácia e segurança”, informa o anestesista e investigador Reinaldo Almeida.

Primeiro pensada apenas para proteger a equipa da sala operatória, à medida que os protótipos foram evoluindo e tendo em conta a proteção de profissionais de saúde de outras áreas, “chegou-se ao protótipo final, com aplicação em blocos operatórios, unidades de cuidados intensivos, enfermarias, serviços de urgência, salas de emergência, consultórios médicos de qualquer especialidade, consultórios de medicina dentária e de outros profissionais de saúde oral, lares de idosos, unidades de cuidados continuados e transporte de doentes em ambulância e dentro do hospital”, acrescenta o investigador.

O protótipo foi apresentado este sábado, numa sessão restrita de demonstração no CHUCB, cumprindo todas as normas de segurança impostas pela Direção-Geral da Saúde.

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