03 dez, 2020 - 13:55 • Celso Paiva Sol
A Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP) entregou no Parlamento uma petição onde pede aos deputados que pressionem o Governo a atualizar as tabelas salariais na PSP.
À Renascença, Paulo Rodrigues diz que essa melhoria não está prevista no Orçamento do Estado para o próximo ano, nem voltou a ser conversada com o Ministério da Administração Interna desde que todas as reuniões foram suspensas por causa da pandemia.
“Infelizmente, a questão da Covid parou estas reuniões. Pensávamos que iam ser retomadas agora, no último semestre de 2020, mas a verdade é que não aconteceu e também percebemos que o Orçamento do Estado previsto para a Polícia de Segurança Pública não faz menção a qualquer aumento salarial”, afirma.
“Pelo menos, a atualização dessas tabelas salariais”, acrescenta. Assim, a profissão de polícia não é atrativa.
“Os salários estão completamente desajustados”, refere. “Entram com um salário muito baixo na Polícia de Segurança Pública, passados quase 30 anos continuam com um salário bastante baixo”, exemplifica.
O presidente da ASPP lembra que a profissão é exigente e de grande responsabilidade, pelo que “tem de ter uma remuneração compatível ou, pelo menos, justa para compensar todas estas dificuldades”.
“Há uma responsabilidade muito grande sobre as costas do profissional individualmente; é uma missão cada vez mais complexa, porque somos um bocadinho de tudo: somos psicólogos, somos polícias, somos assistentes sociais, somos tudo na rua e as pessoas esperam tudo da Polícia de Segurança Pública”, aponta, além do “risco que corremos todos os dias”.
A petição foi entregue pelas 11h30 desta quinta-feira.