08 dez, 2020 - 17:44 • Henrique Cunha
Para a Ordem dos Médicos, o Governo devia "determinar o número máximo de pessoas que se podem juntar na Ceia de Natal".
Em declarações à Renascença, Miguel Guimarães sustenta que a "probabilidade de o país ter uma recaída é muito grande" caso venha a ser possível grandes ajuntamentos na noite de consoada.
O bastonário classifica como “fundamental que o Governo determine - à semelhança do que está a acontecer em vários países da Europa – quantas pessoas se podem juntar na Ceia de Natal”.
É que, alerta Miguel Guimarães, “se tivermos ceias de natal com 70 ou 80 pessoas em vários pontos do país, de pessoas de todo o país, a probabilidade de termos uma recaída é muito grande".
Na opinião do líder da Ordem dos Médicos, o número máximo de pessoas não deveria ser superior a 10, até porque “os estudos são esclarecedores sobre esta matéria, apontando para um aumento de infeções sempre que há ajuntamentos”.
A Ordem dos Médicos divulgou esta terça-feira um comunicado em que alerta que “para o vírus não existe Natal, nem Ano Novo e que todas as reuniões são oportunidade de transmissão e infeção, por vezes com consequências irreparáveis”.
O bastonário defende que "Portugal continua a ter um número de casos muito elevado” e que em consequência “temos de tentar fazer as coisas com alguma liberdade, valorizar aquilo que é o natal das pessoas, mas manter cuidados e manter medidas de precaução”, porque “ainda não está na altura em que nós podemos fazer as coisas de uma forma mias à vontade, porque isso só irá acontecer quando a gente tiver uma grande parte da população vacinada”. O que, segundo Miguel Guimarães “só irá acontecer daqui a muitos meses”.