11 dez, 2020 - 08:08 • Marta Grosso com redação
Já morreram mais de 114 mil pessoas em Portugal neste ano. Mais concretamente, 114.834, segundo os números registados até quinta-feira, dia 10, e que constam do site da Direção-Geral da Saúde (InfoClique).
O número supera o registado no ano 2018, que contou 113.051 óbitos no total. Já o ano passado (2019) registou 112.365 mortes. Apesar de ser um número menor do que no ano anterior, a tendência tem sido de aumento da mortalidade no país, muito devido ao envelhecimento da população.
Neste ano, marcado por uma pandemia, o número de óbitos registado até agora, comparado com igual período de 2019, é superior em 10 mil registos.
Contudo, do total de mortes ocorridas até agora, 102.242 são de causa natural, de acordo com os dados da DGS. Quase 1.400 (1.381) são atribuídas a causa externa e 11.223 estão sob investigação.
Segundo o último boletim sobre a pandemia de Covid-19, 5.278 pessoas morreram com a doença provocada pelo novo coronavírus.
A região Norte e de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) são as mais atingidas pela mortalidade em geral (e também pela pandemia).
Dezembro e janeiro são os meses com mais mortes, na sequência da gripe e de infeções respiratórias. O grupo etário mais penalizado é o de 70 ou mais anos.
Quase metade do acréscimo de óbitos em Portugal en(...)
Em termos de mortalidade bruta – ou seja, o número de mortes por mil habitantes – Portugal registou, em 2019, uma taxa de 10,9‰. Não é uma diferença assinalável quando comparamos com a taxa registada em 1960, o primeiro ano encontrado na Pordata: 10,7‰.
A década de 1980 e alguns anos da primeira década de 2000 são quando se regista as taxas brutas de mortalidade mais baixas, sempre na ordem dos 9,8‰.
Mas em 1982, a taxa baixou aos 9,3‰ e, em 1986 e 1987, manteve-se nos 9,5‰. 2011 foi, na segunda década dos anos 2000, o que mais baixa taxa de mortalidade bruta registou, com 9,7‰.
Desde então, tem sido sempre a subir. Mas outros anos houve em que a taxa ultrapassou os 11‰. Em 1969, chegou aos 11,5‰; em 1971 esteve lá quase, com 11,4‰; seguem-se os anos de 1961 e 1966, com 11,2‰ e, por fim, 2018 a atingir 11‰ de taxa de mortalidade bruta em Portugal.