11 dez, 2020 - 18:25 • Lusa
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A ministra da Saúde, Marta Temido, assegura que o número de testes à covid-19 realizados no país tem-se mantido, sublinhando que o que está a baixar é a taxa de positividade.
“O número de testes que o país tem realizado não tem sofrido alterações”, afirmou Marta Temido, em resposta a uma questão levantada na conferência de imprensa de atualização de informação sobre pandemia de covid-19, se foram realizados menos testes nas últimas semanas e se esta situação poderia estar a contribuir para haver menos casos diagnosticados.
“Temos de facto tido menos incidência e consequentemente menos testes, mas de facto os números mantêm-se estáveis”, disse, exemplificando com o número de testes realizados no dia 3 de dezembro, que totalizaram.
A ministra explicou que “o que está a baixar, felizmente, é a taxa de positividade”, acrescentando que esta “é a situação epidémica em termos também da capacidade de testagem e de resposta do Serviço Nacional de Saúde”.
Recordou ainda que o número de testes é mantido apesar de neste momento terem deixado de ser utilizados em algumas condições de acordo com indicação médica e as normas de orientação da Direção-Geral da Saúde.
Questionada sobre a situação epidemiológica na região de Lisboa, a ministra afirmou que os concelhos integrados na Região de Lisboa e Vale do Tejo registam, segundo o último cálculo do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA), um risco de transmissão (RT) efetivo de 1.01, o que significa uma subida ligeira face à última informação.
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Ressalvou, contudo, que o INSA sempre que produz estes relatórios refere que são “dados preliminares” e que “devem ser lidos com cuidado e sobretudo devem ganhar estabilidade”.
“Ou seja, não é a circunstância de uma região ter um dia um RT acima de 1 ou um dia um RT abaixo de 1 que deve fazer-nos respirar de alívio ou pensar que fizemos alguma coisa de errado”, justificou.
Segundo a ministra, estes movimentos têm sido muito reduzidos e muito difíceis de reverter para um RT abaixo de 1 e por isso o apelo constante à população é no sentido de adotar as medidas de prevenção.
“Nós optámos como outros países por trabalhar, nesta segunda fase da pandemia, com níveis de risco associados a áreas geográficas e alguns concelhos do país, concretamente na região de Lisboa e Vale do Tejo, deixaram de estar em níveis considerados de risco extremo ou muito elevados”, adiantou.
Por esta razão, terão nestes dias algum desagravamento de medidas, mas, salientou, “é muito importante que, independentemente do nível de risco de cada local do país”, todos recordem que “alívio de medidas não é relaxamento”.
Alertou que os dias que se aproximam são de “festa, de convívio, de troca de afetos, de abraços, de prendas”, mas que este ano não podem ser vividos da forma habitual.
“Penso que já todos interiorizámos isso e devemos lembrá-lo de cada vez que a tentação nos leva a ponderar, a pensar em fazer um gesto que depois deite tudo a perder”, salientou.
A ministra adiantou que este momento é de “grande contenção” e que continuará a ser feita a avaliação da situação epidemiológica.
“Como já foi referido diversas vezes pelo Governo não hesitaremos, se for necessário, em retomar medidas mais gravosas”, advertiu, apelando à ajuda dos portugueses para evitar essa situação.
Desde o início da pandemia, Portugal já registou 5.373 mortes e 340.287 casos de infeção pelo novo coronavírus, estando hoje ativos 71.266, mais 885 do que na quinta-feira.