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“Há o assunto do Meco e há o assunto da praxe"

30 jan, 2014 - 22:11

Antigo "dux" da Universidade Lusófona aproveita para criticar o secretário de Estado do Desporto e Juventude.

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O Conselho Oficial de Praxe Académica (COPA) da Universidade Lusófona quebra o silêncio para dizer que pretende travar as especulações que têm sido feitas em torno da trágica madrugada de 15 de Dezembro, na praia do Meco. O COPA contesta também os ataques que têm sido feitos às praxes.

Fábio Jerónimo, o último "dux" da Lusófona, que passou o testemunho ao jovem que sobreviveu, falou ao programa “Sexta às 9”, da RTP.

“Há o assunto do Meco e há o assunto da praxe, do traje e de tudo o que está ligado à tradição académica. As inúmeras pessoas anti-praxe pegaram neste assunto, juntaram e querem aproveitar uma situação frágil para atacar a praxe. Isso, a meu ver, não é a atitude correcta, é até faltar ao respeito a quem teve perda”, disse.

O antigo "dux" acrescenta que “as palavras do secretário de Estado é que são um acto criminoso, porque ele baseia-se em quê para dizer que é um acto criminoso? Não pode dizer uma coisa dessas sem apresentar factos. Nós queremos que isto acalme, queremos respeitar a memória dos nossos colegas e queremos viver o nosso luto”.

De recordar que o secretário de Estado do Desporto e Juventude considerou na segunda-feira, em Coimbra, que o incidente que levou à morte de seis estudantes no Meco "não é praxe académica, nem nunca o foi", afirmou Emídio Guerreiro. O também antigo presidente da Associação Académica de Coimbra acrescentou que aquilo que levou à morte dos seis estudantes da Universidade Lusófona são "actos ilícitos que devem ser punidos". Frisou que os acontecimentos no Meco são "uma questão policial", por haver "quem esteja a incumprir a lei".

Entretanto, o inquérito judicial a este caso vai dando os primeiros passos. O Ministério Público conta com o apoio da Polícia Judiciária e da Polícia Marítima. Já foram ouvidos alguns pais das vítimas e só no final destas audições deverá ser ouvido o jovem sobrevivente.

Os seis jovens que morreram a 15 de Dezembro na praia do Meco faziam parte de um grupo de sete estudantes universitários que tinham alugado uma casa na zona, para passar o fim-de-semana.

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