27 fev, 2014 - 15:20
A Universidade Lusófona entregou ao Ministério Público o inquérito interno que realizou sobre a tragédia do Meco, em que morreram seis alunos da instituição, em meados de Dezembro.
Em comunicado enviado à agência Lusa, a Lusófona afirma que concluiu o inquérito interno destinado a aclarar os factos que envolveram sete alunos da instituição e que o relatório foi entregue ao Ministério Público, encontrando-se agora "em segredo de justiça".
O inquérito foi iniciado a 20 de Janeiro pelo gabinete jurídico da universidade, com o objectivo de "aclarar os factos que tiveram lugar durante o fim-de-semana de 14 de Dezembro de 2013 na praia do Meco, onde estiveram envolvidos sete alunos da Universidade", acrescenta a instituição.
Um grupo de sete jovens que estava a passar o fim-de-semana numa casa alugada na localidade de Aiana de Cima, no âmbito das actividades da comissão de praxes da Lusófona, terá sido arrastado por uma onda quando se encontrava na praia do Meco, na madrugada de 15 de Dezembro do ano passado, de acordo com versão do sobrevivente.
Após a tragédia, João Gouveia disse à Polícia Marítima que tinha conseguido regressar a terra firme, mas que os outros seis jovens tinham sido arrastados para o mar.
As operações de busca que permitiram resgatar os seis jovens prolongaram-se até 26 de Dezembro, dia em que foi resgatado o último cadáver.
Algumas horas antes da tragédia, testemunhas disseram que viram pelo menos alguns dos jovens que morreram a rastejarem, com pedras atadas aos pés, submetendo-se ao que parecia ser uma praxe, supostamente liderada por João Gouveia, o "Dux" da Universidade Lusófona.