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Meco: “Dux” não comparece em tribunal

02 fev, 2015 - 10:26

Grupo de universitários foi surpreendido e arrastado por uma onda quando se encontravam numa praia do Meco, na madrugada de 15 de Dezembro. Seis jovens morreram.

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João Gouveia, o "dux" da Lusófona, único sobrevivente da tragédia do Meco e arguido, não compareceu em tribunal para a fase de instrução do processo relativo à morte de seis jovens desta universidade.

O pai e a advogada do “dux” compareceram em tribunal. O pai de João Gouveia confirmou aos jornalistas a ausência do filho, insistindo que ele é o primeiro a “querer que a verdade venha ao de cima”, pois perdeu os seus amigos. Disse ainda que ele gostaria de ter ido ao debate instrutório, mas remeteu mais explicações para o final da audiência.

Nestas declarações lembrou que durante “meses a fio”, o jovem se disponibilizou para prestar declarações, sublinhado que muitos querem transformar o caso num “drama de faca e alguidar”.

Tudo apontava para que o jovem desse a sua versão dos factos e falasse também perante o juiz para explicar o que terá acontecido naquela noite de 15 de Dezembro de 2013.

Familiares dos seis jovens que morreram na praia do Meco reafirmaram esta manhã que pretendem apenas conhecer toda a verdade do que se passou na madrugada de 15 de Dezembro de 2013 e estranham que João Gouveia, filho, nunca os tivesse enfrentado para contar o que se passou na noite em que perderam os filhos.

Esta diligência chegou a estar marcada para Novembro do ano passado, mas os pais dos jovens suscitaram um incidente de recusa do juiz de instrução, alegando proximidade entre este magistrado e o procurador do Ministério Público de Almada que arquivou o inquérito, mas o Tribunal da Relação de Évora rejeitou o pedido.

Durante a instrução do caso Meco devem ser ouvidas novas testemunhas que não foram ouvidas durante a investigação.

O processo judicial instaurado na sequência da morte de seis alunos da Universidade Lusófona de Lisboa, que se encontravam na praia do Meco, Sesimbra, tinha sido arquivado pelo Procurador do Ministério Público do Tribunal da Almada, que considerou não haver indícios de crime. Mas, o advogado das famílias dos seis jovens decidiu pedir a abertura de instrução, pretensão que foi acolhida por um juiz do Tribunal de Setúbal.

Os familiares dos seis jovens afirmam-se convictos de que a investigação sobre o caso "ficou pela rama" e dizem ter muitas dúvidas quanto à versão contada por João Gouveia, segundo a qual o grupo de universitários terá sido surpreendido e arrastado por uma onda quando se encontravam numa praia do Meco, na madrugada de 15 de Dezembro.

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