16 dez, 2020 - 17:55 • Lusa
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, atribuiu esta quarta-feira ao ISCTE o título honorário da Ordem da Instrução Pública, numa cerimónia comemorativa do 48.º aniversário deste instituto universitário.
Numa intervenção no final desta cerimónia, realizada no grande auditório do ISCTE, em Lisboa, em que também esteve o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, o chefe de Estado elogiou os "48 anos de afirmação singular desta casa no mundo universitário e, por essa via, na sociedade portuguesa".
Dirigindo-se à reitora do ISCTE e antiga ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que este instituto se afirmou "na coragem da luta pela relevância das ciências sociais, na atenção ao permanente diálogo entre a teoria e a realidade, entre o doméstico e o cosmopolita, entre o revisitar das raízes e o querer e saber inovar".
O Presidente da República enalteceu também o ISCTE pela "qualidade dos mestres", pelo "espírito solidário e projeção intergeracional" e por "nunca renunciar à ambição maior" manifestando "insatisfação perante o sonhado e já feito".
"Por estes 48 anos que todos lhe devemos, que todos vos devemos, entendo ser de óbvia justiça o agraciamento com o título honorário da Ordem da Instrução Pública", acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa.
A Ordem da Instrução Pública destina-se a galardoar "altos serviços prestados à causa da educação e do ensino".
Além de assinalar o 48.º aniversário do ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, esta foi também uma cerimónia de doutoramento 'honoris causa' de José Pacheco Pereira, António Correia de Campos e Nuno Portas, que esteve representado pelo seu filho, Paulo Portas, antigo ministro e ex-presidente do CDS-PP.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, prestou homenagem a cada um dos doutorados, começando por agradecer ao arquiteto Nuno Portas "uma vida de génio na arquitetura, na habitação, no urbanismo, no magistério, na formação, na intervenção social, na militância comunitária, na capacidade singular de recriar espaços, tempos e modos, tudo interligado ao serviço de Portugal".
Sobre o antigo ministro da Saúde António Correia de Campos, o chefe de Estado disse que teve "uma vida de exemplar devoção à causa púbica, na educação, na saúde, na modernização administrativa, nas políticas públicas, na pesquisa, na docência, na entrega constante à proclamação e efetivação de valores coletivos, também ao serviço de Portugal".
Marcelo Rebelo de Sousa elogiou o historiador e antigo deputado e eurodeputado do PSD José Pacheco Pereira por "uma vida de excelência na história, nas ciências sociais em geral, na biografia monumental, na pedagogia, na inteligência analítica, no combate mediático e político como um todo, pela liberdade e democracia" e destacou o seu contributo para o enriquecimento do património cultural - através do arquivo e biblioteca Ephemera - "também e ainda ao serviço de Portugal".