18 dez, 2020 - 17:31 • Pedro Mesquita , com redação
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A Federação Nacional de Educação (FNE) propõe o adiamento, por uma semana, do início das aulas no segundo período por causa da pandemia de Covid-19. O regresso às aulas está previsto para 4 de janeiro.
O secretário-geral da FNE, João Dias da Silva, sublinha à Renascença tratar-se de uma ideia que lança às autoridades de saúde.
O adiamento do segundo período pode garantir uma margem maior de segurança, argumenta João Dias da Silva.
“Nós entendemos que todo o conhecimento que há sobre a evolução da pandemia e os riscos que se correm na sequência deste período de festas, poderá fazer sentido que o início do segundo período possa ser ligeiramente atrasado por uma semana”, defende o secretário-geral da FNE.
O objetivo é “garantir um espaço maior de segurança entre as pessoas” e evitar novos surtos em estabelecimentos de ensino.
“Sobre isto é necessário que as autoridades de saúde deem o seu contributo, que os especialistas digam que fará sentido adiar o início do segundo período letivo”, sublinha João Dias da Silva, nestas declarações à Renascença.
O primeiro-ministro, António Costa, enalteceu na quinta-feira o funcionamento do primeiro período do ano letivo nas escolas, apesar da pandemia de covid-19, e garantiu que não estão previstas alterações no calendário escolar.
“Nada justifica alterar o calendário escolar. Pelo contrário, este primeiro período correu excecionalmente bem, creio que todos partilhávamos o mesmo receio em setembro de como ia correr o primeiro período e a verdade é que correu muitíssimo bem”, afirmou o líder do governo, no ‘briefing’ após o Conselho de Ministros realizado para avaliar as medidas restritivas para a quadra natalícia.
Já o ministro da Educação apelou, esta sexta-feira, aos alunos que tomem cuidado durante as férias de Natal que agora se iniciam.
“As famílias que têm crianças em escolas, que sabem que os seus filhos nas escolas tinham um conjunto de regras, mantenham algumas dessas regras também durante este período de descanso”, pediu nesta sexta-feira, último dia de aulas do primeiro período.
Tiago Brandão Rodrigues quer começar um novo período letivo sem grandes preocupações por causa da Covid-19.
A proposta da FNE é recusada pela Confederação das Associações de Pais.
Para Jorge Ascenção, presidente da CONFAP, o objetivo será garantir uma margem maior de segurança após contactos familiares no Natal.
“Não vemos razão nenhuma para adiar. Mesmo que o fundamento seja o risco do Natal, ainda vai haver uma semana a seguir e por isso se consideramos o convívio familiar é um risco, isso só vai prolongar o tempo de risco.”
“Obviamente isso vai trazer um conjunto de problemas para as famílias. As famílias devem manter todas as regras e todos os cuidados para bem dos próprios e dos outros”, conclui.
Já o presidente da Associação de Diretores de Escolas, Filinto Lima, diz que caberá às autoridades de saúde fazer esta avaliação, no final deste mês de dezembro.
[Notícia atualizada às 20h05]