18 dez, 2020 - 16:57 • Redação
O Hospital da Compaixão, em Miranda do Corvo, há mais de um ano que aguarda luz verde do Ministério da Saúde para abrir portas, noticiou a Renascença ainda esta semana. Esta sexta-feira, na Comissão de Saúde, Marta Temido foi questionada sobre esta situação.
A ministra da Saúde admitiu que o “tema tem sido muito suscitado”, mas que não cabe ao Ministério fazer contratos e identificar necessidades.
“Essa proposta depende de uma avaliação de necessidade [pelas autoridades regionais], que, admito, não tenha sido aquela que enquadrou esta unidade”, disse.
Em todo o caso, Marta Temido revelou que a tutela pediu que a situação da unidade hospitalar fosse “reapreciada pela Administração Regional” de Saúde.
Miranda do Corvo
Chama-se Hospital da Compaixão e há mais de um ano(...)
“O Ministério da Saúde não tem nenhuma proposta de celebração de contrato com este hospital e, portanto, para que fique claro, em definitivo, o Ministério da Saúde não toma a iniciativa de fazer contratações. O Ministério da Saúde faz convenções, contrata instituições para a rede nacional de cuidados continuados quando as entidades regionalmente competentes fazem essa proposta”, disse a governante.
O Hospital da Compaixão foi construído pela Fundação Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional de Miranda do Corvo.
O financiamento esteve a cargo do município e da própria fundação, através dos seus fundos. Ao todo, foram gastos 10 milhões de euros.
A unidade de cuidados de saúde está equipada e pronta a funcionar, mas continua encerrado. Os doentes continuam a ter de percorrer dezenas quilómetros para terem acesso a cuidados hospitalares, em Coimbra.