22 dez, 2020 - 19:51 • Lusa
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A Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) reivindicou esta terça-feira “medidas excecionais” para garantir que os camionistas portugueses retidos no Reino Unido possam passar o Natal em casa, nomeadamente, o transporte da fronteira até às respetivas residências.
“Perante a situação que muitos motoristas do setor de mercadorias estão a viver na fronteira do Reino Unido com França, a Fectrans reivindica que sejam tomadas medidas extraordinárias pelas entidades patronais do setor de modo a que estes trabalhadores, após entrarem em Portugal, possam passar o Natal com as suas famílias”, apontou, em comunicado, a federação.
Para a Fectrans deve assim ser assegurado o transporte da fronteira até à residência dos motoristas, o que defendeu ser “uma obrigação das entidades patronais”.
No documento, a federação sindical vincou ser necessário impedir que estes trabalhadores sejam “duplamente penalizados, já que se encontram há imenso tempo a aguardar a passagem na fronteira e, consequentemente, correm o risco de não poderem partilhar com os seus familiares esta quadra natalícia”.
As autoridades francesas decidiram no domingo à noite encerrar a fronteira com o Reino Unido após a confirmação de uma nova variante de SARS-CoV-2, mais contagiosa.
Os cerca de mil camionistas que passaram a segunda noite no interior dos veículos parados no condado de Kent, sudeste de Inglaterra, continuam à espera de que a França reabra a fronteira do túnel do Canal da Mancha, encerrado devido à pandemia de Covid-19.
De acordo com o Governo britânico, 945 camiões de vários países estão parados perto do porto de Dover.
O diretor da Associação Britânica dos Transportes por Estrada (RHA, na sigla em inglês), Rod McKenzie, disse esta terça-feira que os condutores passaram a segunda noite na estrada e que muitos profissionais são motoristas da Europa continental que tentam "chegar a casa antes do dia de Natal".
A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.703.500 mortos resultantes de mais de 77,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 6.254 pessoas dos 378.656 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.