26 dez, 2020 - 18:31 • Lusa
O Ministério da Educação vai testar 30 mil alunos do ensino básico no início do segundo período, em janeiro, para avaliar as suas aprendizagens, depois de as aulas presenciais terem sido suspensas no ano letivo anterior, revelou este sábado o IAVE.
Este estudo visa 30 mil alunos dos 3.º, 6.º e 9.º anos de escolaridade, 10 mil por cada ano, e 1.247 escolas públicas, 102 da rede particular e cooperativa e 79 das regiões autónomas da Madeira e dos Açores, segundo o Instituto de Avaliação Educativa (IAVE), numa informação remetida à Lusa e avançada inicialmente pelo jornal Público.
O “Estudo Diagnóstico para Aferição do Desenvolvimento das Aprendizagens” pretende avaliar “de forma transversal e integrada” competências e literacias de leitura, científica, matemática e de informação.
Quer ainda aferir o desempenho dos alunos, considerando áreas de competências previstas no “Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória” como linguagens e textos, informação e comunicação, raciocínio e resolução de problemas, pensamento crítico e criativo, desenvolvimento pessoal e autonomia, saber científico, técnico e tecnológico e sensibilidade estética e artística.
Além disso, o estudo tenciona identificar as áreas de intervenção prioritárias a considerar no planeamento e gestão curricular e as circunstâncias individuais e familiares dos alunos durante o período de confinamento.
“O objeto de avaliação é transversal nos três anos de escolaridade do estudo, de forma a permitir identificar tendências de progressão ou de consolidação ou as áreas a necessitar de intervenção nos diversos ciclos”, frisou o IAVE.
Os estudantes vão ter de realizar três tarefas, uma por cada disciplina, com a duração de 30 minutos cada e dois intervalos de 15.
As tarefas são constituídas por um conjunto de itens de seleção, nos seus diferentes formatos, e serão aplicadas em suporte eletrónico.
No final da realização das três tarefas, os alunos respondem a um questionário de contexto com a duração de 20 minutos com o objetivo de recolher as suas convicções e comportamentos face ao ensino à distância e o seu ambiente familiar.
Posteriormente, é produzido um relatório nacional incidindo sobre as competências evidenciadas pelos alunos, considerados os respetivos níveis de proficiência, em cada ano de escolaridade.
Serão também elaborados relatórios para cada uma das escolas que participam no estudo.
Com estes dados, o Ministério da Educação tenciona que as escolas e professores consigam identificar áreas de conteúdos e competências que necessitem de maior atenção.