26 dez, 2020 - 20:51 • Redação, com Lusa
O presidente do governo regional da Madeira, Miguel Albuquerque, promete apoios à população afetada pelo temporal no norte da ilha e acredita que as limpezas estão concluídas até segunda-feira.
“Queremos ter tudo pronto na próxima segunda-feira, tudo funcional”, disse este sábado Miguel Albuquerque, durante uma visita à zona afetada pela intempérie.
“Estamos a trabalhar noite e dia. Não houve vítimas nem danos pessoas a lamentar. Foi uma situação excecional. Estamos aqui para tratar de tudo. Vamos repor água, eletricidade, limpar, arranjar. Penso que segunda ou terça-feira vai estar tudo resolvido”, sublinhou o responsável pelo governo regional.
Miguel Albuquerque deslocou-se este sábado à costa norte, onde visitou as áreas mais afetadas pelo temporal, nomeadamente as freguesias de Ponta Delgada e Boaventura, no concelho de São Vicente.
A tempestade do dia de Natal levou a que 27 pessoas fossem retiradas de suas casas por motivos de segurança, sendo 20 de Ponta Delgada e sete de Boaventura, encontrando-se temporariamente alojadas em residências de familiares e amigos.
Miguel Albuquerque considerou que o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) deve ter uma "explicação científica" para o fenómeno e também uma justificação para o facto de estar em vigor um aviso amarelo para precipitação no dia de Natal, quando a mesma atingiu níveis de aviso vermelho.
O chefe do executivo disse, por outro lado, que a região autónoma tem "capacidade para proceder às limpezas", respondendo, deste modo, ao Ministério da Administração Interna (MAI), que disponibilizou apoio na área da proteção civil ao Governo regional devido aos estragos provocados pelo temporal.
"Possivelmente, vão ser precisos apoios financeiros, para o arranjo de estradas e consolidação de áreas de derroca", indicou.
Embora não seja ainda possível traçar um balanço final dos estragos, são visíveis danos em várias habitações e infraestruturas públicas, nomeadamente na estrada de acesso às Lombadas, na zona alta da freguesia, e no cemitério de Ponta Delgada, que ficou totalmente alagado, bem como o campo de futebol de Boaventura.