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Frio

Comunidade Vida e Paz vai reforçar distribuição de roupas e agasalhos em Lisboa

05 jan, 2021 - 18:40 • Lusa

Com a chegada de dias de muito frio, as autoridades e as associações de solidariedade social estão a mobilizar-se para ajudar quem vive na rua.

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A Comunidade Vida e Paz apoia, atualmente, 440 pessoas e vai reforçar a distribuição de roupas e agasalhos nos próximos dias em Lisboa, devido ao tempo frio, mantendo a distribuição de ceias a sem-abrigo.

Numa resposta enviada esta terça-feira à agência Lusa, a instituição refere que a sua intervenção nas ruas “irá manter-se como habitual, através das suas equipas voluntárias de rua que distribuem ceias pelas PSSA [Pessoas em Situação de Sem-abrigo], indo apenas “reforçar a distribuição de roupas e agasalhos”.

“Apesar da Comunidade manter a sua intervenção, colaboramos com o Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo (NPISA) de Lisboa que tem prevista a criação de um espaço na Graça para vagas de emergência”, é referido na nota.

De acordo com a Comunidade Vida e Paz, o organismo irá colaborar através de um técnico, que estará no local a prestar apoio e a realizar atendimentos às pessoas que forem encaminhadas para o espaço pelas diferentes instituições de apoio às PSSA.

A Comunidade Vida e Paz refere ainda ter protocolos com as câmaras municipais de Lisboa, Loures, Odivelas e Amadora, sendo que, até ao momento, ainda não foram contactados pelos municípios da Amadora, Loures ou Odivelas com vista ao reforço da atuação.

“Assim sendo, a nossa atuação nos municípios mantém-se através das equipas técnicas de rua que prestam apoio às PSSA nas suas diferentes necessidades, encaminhando-as para as respostas que mais se adequem às suas problemáticas”, indica a instituição.

A Comunidade Vida e Paz presta apoio a pessoas em condição de sem-abrigo ou em situação de vulnerabilidade social, designadamente a famílias carenciadas.

Atualmente, e de acordo com a instituição, são apoiadas cerca de 26 famílias.

A instituição refere ainda que, no início da pandemia, foi confrontada com um aumento da procura dos serviços, “aumento esse que se deveu, por um lado, à cessação temporária de atividade de outras instituições que não conseguiram manter os seus serviços a funcionar e, por outro lado, a pessoas que perderam as suas fontes de rendimento e que não encontraram outra alternativa se não recorrer às refeições que distribuíamos”

“Numa altura normal apoiávamos cerca de 430 pessoas em situação de sem-abrigo e no pico da pandemia passámos a apoiar cerca de 800”, reconhece o organismo, acrescentando que, com o regresso gradual das outras instituições à rua, foi conseguindo regularizar a situação.

A instituição admite ainda que, com a pandemia, teve de se adaptar e reajustar, mas graças ao apoio de particulares e empresas, conseguiu sempre “manter os serviços a funcionar” e “responder às solicitações”.

A Câmara de Lisboa anunciou esta terça-feira que irá acionar esta tarde o plano de contingência para as pessoas em situação de sem-abrigo devido ao tempo frio, servindo refeições quentes no Mercado do Campo de Santa Clara.

Em comunicado, o gabinete do vereador da Educação e dos Direitos Sociais, Manuel Grilo (BE, partido que tem um acordo de governação da cidade com o PS), adianta que a fase amarela do plano vai ser acionada esta terça-feira às 18h00, tendo em conta a descida acentuada das temperaturas nos próximos dias.

A Proteção Civil emitiu esta terça-feira um aviso à população devido à previsão de frio, chuva e vento, recomendando à população que tome medidas de prevenção e dê especial atenção ao uso de equipamentos de combustão.

O aviso à população da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) tem por base informação do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), que prevê para hoje e para quarta-feira tempo frio, com temperaturas mínimas a variar entre os -4ºC e os 8ºC e as máximas entre os 5ºC e os 17ºC, e vento que pode ser forte nas terras altas.

A ANEPC destaca também a necessidade de especial atenção aos grupos populacionais mais vulneráveis, crianças, idosos e pessoas portadoras de patologias crónicas e população sem-abrigo.

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