08 jan, 2021 - 09:15 • Olímpia Mairos
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A autarquia de Montalegre disponibiliza 300 mil euros para apoiar o setor da restauração do concelho.
“A medida resulta da consciência que temos das dificuldades que o setor da hotelaria, da restauração e da cafetaria estão a atravessar”, explica o presidente da Câmara Municipal.
Orlando Alves nota que este “é um ano extraordinariamente difícil” e que “há empresas do setor que têm empregados e que estão com dificuldades em sustentar”.
Defender os empregos e manter os postos de trabalho existentes é, assim, o objetivo do município que, em articulação com Associação Empresarial do Planalto Barrosão, criou o chamado ‘Fundo Covid’.
“Cada empresa será apoiada com um ordenado mínimo por cada trabalhador, durante os próximos três meses”, adianta o autarca, salientando que “se esta situação terrível se mantiver”, há “capacidade financeira para reforçar o fundo de forma a que também o resto do país sinta que viver no interior é compensador”.
Para ter acesso ao apoio, os empresários terão de ter comprovativo da ausência de dívida ao Estado e os funcionários terão de ter vínculo há pelo menos três meses.
“Esta é uma forma também de ajudar as pessoas a manter-se na terra e deixaremos cair projetos que tenham que cair, para segurar ou ajudar pessoas a manterem-se ligadas ao território”, realça o presidente da autarquia.
Em dezembro, a autarquia criou o “Vale Família”, uma linha de apoio social para famílias que enfrentam perdas de rendimentos provocadas por situações de desemprego, por inatividade profissional como trabalhador independente, por situações de ‘lay-off’ ou por situação de doença decorrentes da pandemia.
Montalegre está incluído no grupo de municípios em risco extremo e contabiliza, desde o início da pandemia, 543 casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus e sete óbitos.
De acordo com o último boletim epidemiológico produzido pela Unidade de Saúde Pública do ACES Alto Tâmega e Barroso, o município tem 138 casos ativos de Covid-19.