11 jan, 2021 - 16:04
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O primeiro-ministro afirmou hoje que, entre os peritos, a posição mais consolidada aponta no sentido de manter os estabelecimentos de ensino abertos num novo confinamento e adiantou que essa é também a vontade do Governo.
Na conferência de imprensa, António Costa recusou-se a antecipar o teor das decisões finais" a tomar pelo Governo na quarta-feira, no âmbito da regulamentação do novo decreto presidencial de prorrogação do estado de emergência em Portugal.
"Mas a posição mais consolidada por parte dos peritos não aponta para a necessidade de encerramento dos estabelecimentos escolares. A vontade do Governo é que a atividade escolar possa continuar a decorrer com normalidade", declarou o líder do executivo.
Associações também pedem vacinação de profissionai(...)
Já questionado se o Governo tenciona avançar para a requisição civil dos privados da saúde, tendo em vista retirar pressão dos hospitais públicos no internamento de doentes de covid-19, o primeiro-ministro falou apenas em "negociações" entre Estado e privados.
"Há já vários convénios assinados, sobretudo nas regiões Norte e Centro. Esses convénios têm estado a ser utilizados", apontou.
Ainda de acordo com o primeiro-ministro, "estão negociações em curso relativamente à utilização de novas capacidades na Região de Lisboa e Vale do Tejo".
"Falo da capacidade privada do ponto de vista hospitalar. Há outras áreas em que o trabalho com o setor privado tem sido excelente, como ao nível da capacidade de testagem. Ainda nas últimas semanas atingimos o recorde de 52 mil testes num único dia. Tem sido possível conjugar a capacidade de testagem dos setores público e privado, mas também com as universidades e politécnicos", acrescentou.
Os diretores escolares concordam com a reativação do ensino à distância para os alunos mais velhos, mantendo os restantes na escola, mas pedem que professores e funcionários sejam considerados prioritários na vacinação contra a covid-19.
O agravamento da situação epidemiológica em Portugal levantou a hipótese de os alunos do ensino secundário deixarem de ter aulas presenciais, uma medida compreendida pelos diretores escolares contactados pela agência Lusa.