Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Centro Hospitalar Lisboa Norte

Só confinando “conseguiremos vencer este enorme desafio”, diz Daniel Ferro

11 jan, 2021 - 09:42 • Vítor Mesquita com redação

O presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar Lisboa Norte reconhece que a situação vai piorar nos próximos dias.

A+ / A-

Veja também:


Um novo confinamento generalizado é a solução certa, para travar o progressivo aumento do número de casos de Covid19. A leitura é do presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar Lisboa Norte.

Daniel Ferro não vê outro caminho para evitar uma situação de total descontrolo. “Temos de diminuir a infeção e a pressão de internamento e só desse modo conseguiremos vencer esse enorme desafio”.

O presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar Lisboa Norte, que integra os hospitais de Santa Maria e Pulido Valente, reconhece que a situação vai piorar nos próximos dias.

O centro está a fazer tudo para dar resposta ao elevado número de internamentos e prevê a necessidade de aumentar o número de camas. “Aumentámos a nossa capacidade na última semana em 52 camas, das quais 12 nos intensivos. Não temos a capacidade ainda esgotada, mas para lá caminharemos a curto prazo e, portanto, estamos já a trabalhar em cenários de expansão”, explica.

Em relação à necessidade de recurso ao setor privado, Daniel Ferro aprova a estratégia. “Pode haver duas formas: uma será direta, de pedir uma colaboração para internamento covid; mas também pode ser indireta, pedindo que nos ajudem no internamento não covid para que possamos aumentar no SNS a capacidade de internamento de casos positivos – este é um processo que está em curso.”

Este responsável acredita que até ao final do mês todos os profissionais de saúde mais expostos ao novo coronavírus estarão vacinados. “Os que foram considerados prioritários já foram vacinados com a primeira dose e temos agendada a segunda, que vai terminar entre dia 23 e 30 de janeiro. Nessa altura, teremos vacinados todos os profissionais da linha mais exposta ao Covid-19”.

Para fazer face à pressão sobre os serviços, os hospitais procuram criar mais condições. É o caso do Centro Hospitalar e Universitário do Algarve, que abriu no Pavilhão Arena de Portimão, um hospital de campanha com capacidade até 100 camas.

Em Évora, o Hospital do Espírito Santo abriu novas alas para as urgências e cuidados intensivos, tendo conseguido, entretanto, contratar mais 40 enfermeiros e 60 assistentes operacionais.

O coordenador do Plano de Vacinação contra a Covid-19 confirmou à Renascença que chegaram esta manhã mais 80 mil vacinas a Portugal. O avião com o terceiro lote de vacinas desenvolvido desenvolvida pela Pfizer-BioNTech aterrou no aeroporto do Porto.

Francisco Ramos confirmou ainda que esta semana chegam as primeiras 8. 400 doses da vacina da Moderna.

Em Portugal, morreram 7.803 pessoas dos 483.689 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

O estado de emergência decretado em 9 de novembro para combater a pandemia foi renovado com efeitos desde as 00h00 de 8 de janeiro, até dia 15.

A pandemia provocou pelo menos 1.926.570 mortos resultantes de mais de 89 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo o último balanço feito pela agência francesa AFP.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Petervlg
    11 jan, 2021 Trofa 11:56
    o que se esta a passar devemos agradecer o Governo da republica, pois com a medidas tomadas, concentrou toda a gente em períodos curtos, com grande aglomerado de pessoas. Não compreendo como é que o Governo e o Sr. Presidente da Republica, continuam a afirmar que as escolas não são fonte de contagio, sabendo que são os jovens, os maiores focos de transmissão e propagação.
  • Joaquim
    11 jan, 2021 nehures 10:26
    Concordo, só não concordo é que se deixe as escolas abertas! Não tem lógica fazer um confinamento desta dimensão e deixar as escolas abertas! Isso é fazer a "coisa" pela metade!

Destaques V+