14 jan, 2021 - 09:43 • Redação
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A decisão de manter as escolas abertas foi uma das mais significativas que saiu da reunião do Conselho de Ministros de quarta-feira.
Da parte dos envolvidos – professores, dirigentes escolares e pais – a opção tem sido bem aceite, mas há assuntos que querem esclarecidos e implementados.
Da parte dos professores, a Fenprof deixa algumas exigências. O sindicato exige a realização de testes, sobretudo quando há casos de infeção nas escolas.
Mário Nogueira defende que, "se a decisão do Governo é a de manter as escolas abertas, há alguns aspetos que não podemos deixar de exigir. O primeiro é que se faça de forma diferente em relação aos rastreios, ou seja, sempre que existam casos de Covid numa escola, os contactos próximos de quem está infetado têm de ser testados".
A realização de testes nas escolas foi, de resto, referida por António Costa durante a conferência de imprensa para anunciar as medidas do novo confinamento. Mas, segundo Manuel Pereira, presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares, isto é algo que já foi prometido no passado e nunca chegou a avançar.
"Não sabemos nada disso ainda. A sensação que temos é que da promessa ao cumprimento da promessa normalmente vai bastante tempo e nós há dois meses e meio soubemos que o Governo tinha decidido avançar com testes rápidos, mas até hoje nada foi feito ainda”, aponta.
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“Ainda ontem, num concelho no Norte do país, a autarquia assegurou essa responsabilidade e quando foram feitos testes foram detetados dois assistentes operacionais de uma escola do segundo e terceiro ciclo que estavam positivos e assintomáticos e estavam a contactar todos os dias com alunos e professores. Todos sabemos o risco que daqui advinha", concluiu.
Da parte dos pais, a decisão de manter as escolas abertas foi bem recebida. Jorge Ascensão, presidente da CONFAP, lembra que o ensino à distância não era solução.
"O ensino à distância é muito desigual e não é eficaz. Por isso, para nós foi com naturalidade que vimos isso, mas continuamos a estar atentos e a acompanhar para pugnar por todas as condições que são necessárias para que, de facto, haja esta responsabilidade, mesmo no percurso escola-casa."
O presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, Filinto Lima, admite, por isso, que as escolas vão agora estar sob grande escrutínio: "a educação nas escolas vai estar sob o foco e o escrutínio de todos nós, porque se é verdade que a sociedade e as diversas profissões vão confinar, os professores e o pessoal não docente continuará na linha da frente”.
“Daí termos pedido ao primeiro-ministro a administração dos testes rápidos, que foi mais uma vez prometido por eles na conferência de imprensa e também que os professores sejam alvo de vacinação nos grupos prioritários", lembra o dirigente.
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