15 jan, 2021 - 17:59 • Pedro Mesquita
Mais de metade dos portugueses continuam a circular em Lisboa e Porto, neste primeiro dia de confinamento geral. A quebra na circulação rodoviária ronda os 30 a 40%, avançada à Renascença pelo intendente Nuno Carocha, o porta-voz da PSP.
“Por parte da PSP, nós registamos quebras na circulação rodoviária na ordem dos 30% a 40%. Obviamente, que a quebra tem que ser maior. Há um dever geral de confinamento, as famílias ainda se estarão a adaptar. Como as escolas estão a funcionar, verificamos que muitas famílias estão a preferir levar as crianças à escola e no final do horário irem buscá-las”, refere o intendente Nuno Carocha.
O confinamento, por agora, está longe de ser geral. Ainda assim, a PSP ainda não passou qualquer multa por incumprimento.
Neste primeiro dia a aposta foi, sobretudo, na sensibilização, explica o porta-voz da Polícia de Segurança Pública.
“Ainda não verificámos a necessidade de aplicar coimas. Já tivemos de fazer algum aviso. A PSP está muito presente na rua, mantemos a nossa abordagem de uma primeira ação de sensibilização e de informação. Sempre que verificarmos incumprimentos reiterados iremos atuar. Mas até ao momento não tenho informação de que tenha sido passado nenhum auto”, sublinha o intendente Nuno Carocha.
Portugal entrou esta sexta-feira em novo confinamento geral que se vai prolongar durante as próximas duas semanas, mas o primeiro-ministro já admitiu que deverá ser, pelo menos, de um mês.
A principal alteração, relativamente ao primeiro confinamento geral aplicado em março e abril, é a continuação do ensino presencial em todos os níveis de ensino.
Entre as medidas que estarão em vigor até 30 de janeiro estão restrições à circulação da população, obrigatoriedade do teletrabalho e encerramento do comércio, com exceção dos estabelecimentos de bens e serviços essenciais.
Portugal regista esta sexta-feira um novo máximo de 159 mortes por Covid-19 e 10.663 casos, avança o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Nos hospitais há mais 192 pessoas internadas, num total de 4.560. Em unidades de cuidados intensivos deram entrada 11 pessoas nas últimas 24 horas e há agora 622 pacientes.