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Confinamento: Marcelo diz que “não há poder político que se substitua às pessoas"

18 jan, 2021 - 15:26 • Redação

Presidente da República alerta que fintar confinamento "tem um preço" em termos de pressão sobre os hospitais e perda de vidas humanas.

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“Não há poder político que se possa substituir às pessoas" no respeito pelas medidas de saúde pública e confinamento para travar a pandemia de Covid-19, afirma o Presidente da República e recandidato, Marcelo Rebelo de Sousa.

Questionado se o Governo devia ter decretado o confinamento na altura do Natal, o chefe de Estado defendeu que as medidas mais severas de nada servem se a população não as acatar, como aconteceu na passagem de ano.

"Eu admito que seja um ponto de vista que muita gente tem, e que se acreditou - eu acreditei, o governo acho que acreditou muito – na confiança dos portugueses, na resposta dos portugueses em relação ao Natal. Mas no fim do ano havia regras restritivas e, infelizmente, não foram acatadas, nomeadamente nos dois últimos dias."

No dia em que Portugal voltou a atingir um novo máximo de mortes por Covid-19, Marcelo Rebelo de Sousa considera que "ou os portugueses entendem que há uma realidade pesada e que justifica os sacrifícios ou, se não acreditam, têm de perceber que isso tem um preço".

Depois do debate presidencial nas rádios Renascença, Antena 1 e TSF, o Presidente defendeu que “não há poder político que se possa substituir às pessoas, por muito persuasivo e dramático que seja".

"Em democracia quem mais ordena são as pessoas. O poder político deve contar a verdade toda, dizer que neste momento estamos realmente numa situação mais grave, ou muitíssimo grave, pensem se não faz sentido neste mês agir de forma diferente", sublinha.

O recandidato presidencial considera que os portugueses têm "aguentado coisas extraordinárias" nos últimos meses e é preciso continuar a fazer esforços numa altura muito sensível da pandemia.

"Há divisões, perspetivas diferentes. Eu tenho sempre a esperança que as pessoas percebam em número significativo que esta é uma fase muito sensível, porque a vacinação não ia ser tão rápida como se pensava e a pressão que se foi acumulando sobre as estruturas de saúde atingiu um nível em que as pessoas devem pensar"

Marcelo olha para a pandemia pela perspetiva dos profissionais de saúde, que "estão a aguentar isto heroicamente há 11 meses, e dessa perspetiva é difícil compreender alguma reação da parte de setores da sociedade. Será que não percebem a situação em que nos encontramos?", afirma.

No debate das rádios, Marcelo Rebelo de Sousa tinha dito esta segunda-feira que houve uma falha na antevisão da terceira vaga da pandemia.

“Houve, por um lado, a não antevisão da terceira vaga no tempo propriamente dito, a concentração no caso da Grande Lisboa e houve a sensação de que não iam ser necessários tantos recursos privados e sociais quanto aquilo que acabou por ser necessário a partir, sobretudo, do crescimento dos casos em dezembro e em janeiro”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, durante o debate organizado pelas rádios Renascença, Antena 1 e TSF com seis candidatos às presidenciais.

Portugal registou esta segunda-feira um novo máximo diário de 167 mortes por Covid-19 e há registo de 6.702 novas infeções, indica o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Desde o início do ano, ou seja, em 18 dias, já morreram mais de duas mil pessoas com a doença em Portugal.

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Comentários
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  • EU
    18 jan, 2021 PORTUGAL 18:35
    Alguém já terá dito que um Homem quando perde a AUTORIDADE, deixa de ser quem é. Neste CASO, onde há MORTES, quem COMANDA tem de falar GROSSO e não com paninhos quentes. Os IRRESPONSÁVEIS não podem ter mais regalias do que os RESPONSÁVEIS. As ORDENS/LEIS são para serem CUMPRIDAS quer seja em regime de ditadura ou em DEMOCRACIA. Democracia sem ORDEM é uma COISA QUALQUER é uma REBALDARIA. Ponha ORDEM no PAÍS.
  • Anónimo
    18 jan, 2021 Lisboa 16:01
    E o que ele está a fazer de andar por aí depois de ter testado POSITIVO? Chama-se o quê mesmo? Irresponsável!

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