19 jan, 2021 - 19:10 • Redação
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"Por favor, ajudem-nos todos". Foi com este apelo urgente que a ministra da Saúde, Marta Temido, encerrou esta terça-feira o debate na Assembleia da República, com a presença do primeiro-ministro, António Costa.
O repto dramático de Marta Temido aos portugueses aconteceu no dia em que o país regista um novo máximo diário de 218 mortes por Covid-19.
A ministra da Saúde avisa que "os próximos tempos vão ser duríssimos" e o país precisa da colaboração de todos, para que façam o que está ao seu alcance para impedir o avanço da pandemia.
Questionado pelo deputado João Cotrim Figueiredo, da Iniciativa Liberal, sobre um hospital em Miranda do Corvo que ainda não abriu portas, Marta Temido diz que faltam profissionais de saúde.
"O que temos são camas e espaço, não há um hospital onde há camas e onde há espaço, isso não é um hospital. Há enfermeiros para mandar para lá? Há médicos para mandar para lá? Paremos de enganar os portugueses", declarou a governante.
Miranda do Corvo
Chama-se Hospital da Compaixão e há mais de um ano(...)
O debate desta terça-feira no Parlamento ficou também marcado por uma declaração do primeiro-ministro. António Costa admite que, se a variante britânica da Covid-19 se tornar dominante em Portugal, as escolas podem mesmo encerrar.
As escolas secundárias nos concelhos de risco extremamente elevado vão ser alvo de uma campanha, recorrendo a testes rápidos. A campanha arranca esta quarta-feira, 20 de janeiro, e vai abranger estabelecimentos de ensino públicos e privados.
O primeiro-ministro também declarou, no Parlamento, que se a realidade da pandemia em dezembro fosse a atual, o alívio de medidas permitido na época das festas de Natal não teria acontecido.
Esta terça-feira, Portugal atingiu um novo máximo diário de 218 mortes devido à Covid-19 e um total de 10.445 casos.
Desde a chegada da pandemia a Portugal, em março do ano passado, já morreram mais de 9.246 pessoas com Covid-19 e quase 557 mil casos foram confirmados, de acordo com o balanço avançado esta terça-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS).