20 jan, 2021 - 15:31 • Lusa
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A Comissão Distrital de Proteção Civil de Lisboa decidiu, esta quarta-feira, pedir ao Governo o encerramento imediato das escolas e um alargamento das restrições para forçar a população ao confinamento, face à evolução da pandemia de covid-19.
O presidente da Câmara de Mafra, Hélder Sousa Silva, que preside à comissão, disse hoje à agência Lusa que foi deliberado recomendar ao Governo, com conhecimento ao Presidente da República, "medidas urgentes para alargar o confinamento da população" e a "suspensão imediata da atividade letiva das escolas".
Na comunicação, a Comissão Distrital de Proteção Civil defende também uma clarificação do quadro legal de atuação das forças de segurança, com o intuito de melhor conciliarem a fiscalização à covid-19 e as exceções ao confinamento previstas na lei.
É também pedida a revisão do plano de vacinação contra a covid-19, para integrar bombeiros e elementos da Cruz Vermelha nas prioridades.
A Comissão Distrital de Proteção Civil preconiza ainda que o Governo integre as Forças Armadas na resposta à pandemia e estabeleça acordos com outros países para a contratação de profissionais de saúde.
Na segunda-feira o Governo anunciou um agravamento das restrições definidas no âmbito do segundo confinamento, que teve início na semana passada, mas decidiu manter abertas as escolas e as universidades. Várias autarquias e representantes escolares têm pedido a reversão desta medida.
Em Portugal atingiu esta quarta-feira umnovo máximo de 219 mortes e 14.647 novos casos de Covid-19, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
O número de internados mantém a tendência de crescimento. Há agora 5.493 pessoas internadas com Covid, mais 202 do que ontem, das quais 681 em cuidados intensivos (mais 11 do que ontem).
Numa altura em que Portugal atravessa a pior fase da pandemia, Manuel Carmo Gomes adianta, à Renascença, que a nova variante do SARS-CoV-2, inicialmente detetada no Reino Unido, está a aumentar em Portugal.
De acordo com o relatório do INSA, submetido na página virological.org, a proporção da variante aumentou a um ritmo de 70% por semana, o que leva os investigadores a assumir que, se assim se mantiver, a proporção de casos da nova variante pode atingir os 60% na primeira semana de fevereiro.