23 jan, 2021 - 16:42 • Cristina Branco , com redação
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O Hospital de São João, no Porto, tem uma taxa de ocupação de doentes Covid-19 acima dos 85%, com 145 internados, 48 deles em cuidados intensivos.
O balanço foi avançado este sábado pelo o presidente do conselho de administração. Fernando Araújo explica que não foi ainda necessário aumentar o plano de contingência, que está no nível 2 de 4.
“O plano está preparado para as situações complexas e exigentes, para os cenários que possam ser mais preocupantes. Neste momento, não ainda preparado no sentido de ser necessário uma nova enfermaria, mas todos os dias revemos a procurar, adequamos oferta e tentamos equilibrar o hospital não apenas para os doentes covid, mas também para os doentes não-covid”, sublinha.
Em declarações aos jornalistas no dia da administração da segunda dose da vacina contra a Covid-19, Fernando Araújo fala da importância de manter as medidas básicas de saúde em tempo de pandemia.
A entrada em Portugal da nova estirpe sul-africana é preocupante, sublinha, mas importante é concentrar esforços nos planos de vacinação e manter as medidas de proteção individual.
“É sempre preocupante. O facto de, eventualmente, ter um aumento da capacidade de transmissão e, agora, discute-se a questão da gravidade da doença, naturalmente que nos preocupa. Isso faz com que estejamos sempre atentos e a vacina não nos deve deixar descansar relativamente às medidas de segurança. A máscara, o distanciamento social e a lavagem das mãos têm sempre que ser continuados dentro e fora do hospital.”
Este sábado, 2.500 profissionais de saúde do Hospital de São João vão receber a sua dose da vacina contra a Covid-19.
Portugal ultrapassou este sábado a barreira dos 10 mil óbitos desde o início da pandemia. Segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS), em 24 horas foram registadas mais 274 mortes relacionadas com a Covid-19 e 15.333 casos de infeção com o novo coronavírus, um novo máximo diário.
O boletim epidemiológico revela que estão internadas 5.922 pessoas (mais 143), das quais 720 em unidades de cuidados intensivos (mais cinco).