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Constrangimentos de oxigénio

Hospital Amadora-Sintra transfere enfermaria para o Hospital da Luz

27 jan, 2021 - 13:03 • João Carlos Malta

Há 19 doentes e 20 profissionais que vão ser relocalizados numa unidade do hospital privado. Número de doentes transferidos foi de novo atualizado para 43. Amadora-Sintra garante que nenhum paciente correu risco de vida.

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O Hospital Amadora-Sintra vai transferir uma enfermaria inteira para o Hospital da Luz, em Lisboa. No total, serão 19 doentes e 20 profissionais de saúde que vão passar de uma unidade hospitalar para outra. A informação foi dada na manhã desta quarta-feira pelo enfermeiro diretor do Hospital Amadora-Sintra, Rui Santos.

O responsável agradeceu a colaboração de todos os hospitais que receberam doentes daquela unidade, depois de, na noite de terça-feira, uma falha na rede de oxigénio obrigar à transferência de doentes para outros hospitais.

Um conjunto de constrangimentos naquela rede obrigou, na terça-feira, à transferência de 43 doentes para outras unidades de saúde da região de Lisboa, “com vista a garantir a diminuição do número de internados a necessitar de oxigénio em alto débito”.

A notícia inicial falava em 48 doentes transferidos, os números foram depois corrigidos para 53, mas voltaram a ser corrigidos para 43 pacientes.

Rui Santos atribuiu estas mudanças em relação aos números de doentes que necessitaram de transferências a uma "falha de comunicação".

Segundo o mesmo responsável, ainda durante esta tarde, a partir das 14h30, vão ser transferidos mais 32 doentes, nos quais se incluem os que vão passar a ser tratados no Hospital da Luz, em Lisboa.

Rui Santos garantiu ainda que nenhum dos doentes transferidos esteve em risco de vida, uma vez que, apesar das falhas na rede de abastecimento de oxigénio do Hospital Fernando Fonseca, mais conhecido por Amadora-Sintra, havia botijas móveis para que os pacientes pudessem receber o ar de que necessitam.

O responsável atribui a situação ao número muito elevado de doentes Covid no hospital, mas garante que a noite foi "tranquila" e "não houve mais oscilação" na rede de abastecimento.

No comunicado enviado esta manhã às redações (no qual o número de transferidos estava errado), o Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF) diz que se mantém a monitorização permanente do fluxo da rede de oxigénio medicinal e garante que nunca esteve em causa “a disponibilidade de oxigénio ou o colapso da rede”, explicando que os constrangimentos se prenderam com “a dificuldade existente em manter a pressão”.

“De igual modo, em momento algum os doentes internados estiveram em perigo devido a esta ocorrência, tendo as flutuações da rede sido colmatadas com recurso a garrafas de oxigénio, envolvendo a mobilização de vários profissionais, cujo esforço se enaltece e agradece publicamente”, acrescenta o hospital.

Na nota divulgada nesta quarta-feira, o Hospital Amadora-Sintra agradece a solidariedade dos hospitais que receberam os doentes e às corporações de bombeiros, INEM e empresas privadas, que permitiram transferir os doentes “num tempo relativamente curto”.

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