28 jan, 2021 - 16:07 • Redação
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Nas próximas duas semanas as fronteiras portuguesas estarão fechadas para tentar travar a pandemia de Covid-19, anuncia o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita.
O governante falava no debate parlamentar de renovação do estado de emergência, que vai estar em vigor até 14 de fevereiro, que foi aprovado com votos favoráveis do PS, PSD, CDS, PAN e deputada não-inscrita Cristina Rodrigues.
"Tal como já tínhamos limitado e depois suspendemos os voos do Reino Unido, como suspendemos os voos de e para o Brasil e iremos contribuir para a decisão europeia que limita voos entre áreas de risco em toda a União Europeia e passa a exigir teste e quarentena por decisão articulada a nível europeu", disse Eduardo Cabrita.
"É também o Governo que, por decisão no quadro de uma estratégia nacional, adotará a medida de limitação de deslocações para o exterior nos próximos 15 dias de cidadãos nacionais para proteger os cidadãos nacionais, para contribuir para a redução de contágio e limitação da pandemia, limitando as saídas por via aérea, terrestre e fluvial de cidadãos nacionais, salvo casos excecionais", declarou o ministro da Administração Interna.
Pandemia
Ministra da Presidência anunciou a limitação das d(...)
A possibilidade de encerramento e reposição do controlo de fronteiras está prevista no novo decreto do estado de emergência e o Governo vai mesmo utilizar esse mecanismo para tentar controlar a pandemia.
Portugal regista novos máximos de número de mortos e de novas infeções por Covid-19. De acordo com o boletim diário da Direção-Geral da Saúde divulgado esta quinta-feira, nas últimas 24 horas, morreram 303 pessoas e há mais 16.432 novos casos.
O debate de renovação do estado de emergência fica marcado pelas curas críticas do líder do PSD. Rui Rio disse que partido continuará a assumir uma "posição de responsabilidade", mas advertiu que está na altura de “dar um murro na mesa”, devido a “excessivas falhas” do Governo na gestão da pandemia.
Em resposta às críticas da oposição, a ministra da Saúde disse que "não é aceitável utilizar a morte como argumento político". Marta Temido garantiu que o Governo "não desertou" e "continua a lutar" ao lado dos portugueses para travar a pandemia de Covid-19.